Vários empresários de Feira de Santana percorreram a Avenida Getúlio Vargas na manhã desta segunda-feira (1º) e pararam em frente à prefeitura municipal. Eles realizaram um buzinaço para protestar contra o lockdown que foi prorrogado ontem (28) e continua até quarta-feira (3).
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A prorrogação foi decretada pelo governador Rui Costa e seguida pelo prefeito Colbert Martins. A decisão foi de restringir as atividades comerciais e a circulação de pessoas das 20h às 5h .
O empresário Rafa Lima, que trabalha no setor de eletrônicos, participou do buzinaço e disse ao Acorda Cidade que o momento é de muitas dificuldades para a classe empresarial e que o lockdown impede as pessoas de trabalharem e garantirem o pão de cada dia. Na opinião dele, outras medidas devem ser adotadas pelos gestores públicos para evitar o contágio pelo vírus .
“Tenho certeza de que fechando o comércio vai piorar a situação. O prefeito deve olhar com consciência. Hoje quando se tem um cargo público tem o salário garantido e quem precisa do trabalho, precisa do comércio aberto, para colocar o pão dentro de casa. Que o comércio esteja aberto para a gente trabalhar e fazer o nosso papel diário. Acho que devem ter algumas restrições em alguns setores sim, como bares que aglomeram pessoas. A área de alimentação deveria continuar aberta e onde não tem aglomerações. Fechar realmente aqueles locais que descumprem as regras”, acrescentou.
Alex Oliveira, que trabalha no setor de consultoria, reclamou que desde o início da pandemia, nenhum imposto das empresas foi diminuído ou retirado. Segundo ele, houve alguns privilégios, mas os empresários continuam pagando os seus impostos e precisam trabalhar para continuar assumindo esse compromisso.
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“A gente precisa fazer o dinheiro girar para que a gente consiga pagar os nossos impostos e se manter vivo no mercado. Não estamos desconsiderando as pessoas que já morreram, pelo contrário, a gente está sempre se prevenindo, mas precisamos também ver o lado econômico da coisa”, relatou.
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Geane Medeiros, que é proprietária de uma academia e de um supermercado, participou do protesto e estava indignada com o lockdown. Ela disse ao Acorda Cidade que segue todos os protocolos sanitários em seus estabelecimentos, assim como outros empresários, e para ela não há motivos para fechar os empreendimentos de quem segue tudo corretamente.
“É tirar o pão de cada dia das pessoas. Não é isso que resolve o problema do vírus. Como vamos pagar nossos impostos e os funcionários, se estivermos fechados?”, questionou.
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