Mostra fica no hall da estação Central do Metrô, até sexta-feira (4). São fotos, relatos e histórias de 13 pessoas que estão com vírus HIV indetectável no organismo.
A Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília
recebe, nesta terça-feira (1º), a partir das 8h, a exposição "Indetectável – o efeito de estar indetectável em cada uma dessas vidas é detectável: basta olhar nos olhos delas para ver". A ação ocorre no Dia Mundial de Luta contra Aids, celebrado com o objetivo de conscientizar sobre as medidas preventivas e o tratamento da doença.
A mostra ficará no hall da estação Central do Metrô, até a próxima sexta-feira (4). A ação abre a campanha Dezembro Vermelho no DF. Quem passar pelo local verá fotos, relatos e histórias de 13 pessoas que estão com vírus HIV indetectável no organismo.
De acordo com o Governo do DF, são registros sensíveis, partilhados voluntariamente, que contam sobre o tratamento da doença e a luta contra o estigma, medos e angústias, as conquistas e motivações.
O Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA) também vai distribuir autotestes de HIV, preservativos e dar orientações sobre prevenção das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Para evitar aglomeração, os testes distribuídos, não vão ser realizados no local.
A ação é uma parceria da Secretaria de Saúde com a Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) e o Ministério da Saúde.
O que é estar indetectável?
Segundo a Secretaria de Saúde, estar indetectável significa estar com a doença controlada, sem sinal de adoecimento e sem transmissão do vírus através do sexo. Isso é possível, graças ao uso regular de medicamentos antirretrovirais, o que permite a recuperação do sistema imunológico.
Outras ações
Durante o Dia Mundial da Luta Contra a Aids, trabalhadores e frequentadores da Feira Permanente do Riacho Fundo I vão receber orientações sobre prevenção, assistência e proteção contra o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis. Uma equipe de Saúde da Família da UBS 1 será responsável pelos trabalhos, das 10h às 14h.
"Os casos positivos detectados durante as ações receberão direcionamento para tratamento específico em um Serviço de Atendimento Especializado em HIV/Aids", disse a Secretaria de Saúde.
Conforme o governo, nos Serviços de Atendimento Especializados (SAEs) são feitos outros exames complementares para averiguar a situação de saúde e o estágio da infecção. A partir disso, a rede pública estabelece o tratamento adequado com os antirretrovirais e outros medicamentos indicados, quando necessário
Aids e HIV
A Aids é a manifestação sintomática do Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) e, portanto, só aparece quando ele não é controlado. O que ocorre é uma queda no sistema imunológico, que fica vulnerável a doenças oportunistas, como pneumonia e tuberculose.
Até os anos 1990, casos de infecção pelo vírus eram descobertos somente quando as pessoas já haviam atingido o estágio da Aids. Naquela época, o Brasil ainda estava em fase de descoberta do vírus e desenvolvia as primeiras formas de tratamento. Ataulmente, com a detecção precoce do HIV, o número de casos de Aids tende a ser cada vez menor.
Outro ponto importante é que a principal forma de transmissão do HIV é o sexo sem preservativo. Qualquer relação sexual desprotegida, seja homossexual ou heterossexual, está suscetível à contaminação pelo vírus.
Outra forma de infecção é o contato com o sangue infectado. A gestante com HIV também pode transmitir a doença para o filho durante a gravidez, no parto ou na amamentação com o leite materno infectado (transmissão vertical).
Como prevenir
Segundo Vigilância de Infecções Sexualmente Transmissíveis do Distrito Federal, com as medidas de tratamento e de prevenção é possível não só deter o avanço da epidemia, como também garantir um tratamento adequado à pessoa com HIV/Aids. A gerente da vigilância, Beatriz Maciel Luz, afirma que o diagnóstico precoce é fundamental no tratamento.
"O tratamento oportuno e as medidas de prevenção e profilaxia contribuem não só para reduzir a transmissão sexual e a transmissão vertical da doença, como também dão qualidade de vida ao portador do HIV/Aids", afirma a gestora.
No DF, 92% dos pacientes com HIV/Aids, em tratamento adequado, conseguiram alcançar a carga viral indetectável, o que reduz a quase zero a chance de desenvolverem infecções oportunistas ou até mesmo de transmitir para outra pessoa.
"Hoje, tratamento também é sinônimo de prevenção. Apesar de ainda não ter sido encontrada a cura, é possível manter a doença crônica controlada.", diz Beatriz Luz.
Atendimento no SUS
O tratamento para o HIV é gratuito e feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Brasília, o teste rápido para HIV está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e no Núcleo de Testagem e Aconselhamento (NTA), localizado na Rodoviária do Plano Piloto.
O paciente que realiza o teste, se tiver um resultado de exame positivo e diagnóstico confirmado, é encaminhado a um Serviço de Atendimento Especializado (SAE) em HIV/AIDS. "Uma vez diagnosticado e em atendimento no Serviço Especializado, o paciente receberá a orientação quanto à documentação necessária para retirar o medicamento. A prescrição do esquema terapêutico é individualizado, de acordo com cada caso, seguindo os protocolos clínicos do Ministério da Saúde", diz a Secretaria de Saúde do DF.
São oito unidades públicas de saúde especializadas:
- Hospital Dia: Asa Sul EQS 508/509 - Asa Sul
- Ambulatório do Hospital Regional de Sobradinho (HRS): Quadra 12 CJ B LT 38 Sobradinho
- Ambulatório do Hospital Regional Ceilândia (HRC): QNM 27 Área Especial 1 QNM 28
- Ambulatório do Hospital Universitário de Brasília: SGAN 605, Av. L2 Norte
- Policlínica de Taguatinga: C 12 Área Especial nº 01, Setor Central
- Policlínica do Lago Sul: QI 23 do Lago Sul
- Policlínica de Planaltina: Área Especial entre Vias NS 01 WL04
- Policlínica do Gama: Área Especial nº 1 – Setor Central
Fonte: G1
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