Na manhã de segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019, o jovem Jerferson de 18 anos, morador da localidade do Bravo Zona Rural de Macajuba deixou uma receita médica na redação do Blog Deixa Comigo Macajuba(DCM) demonstrando indignação, ele contou que no final de semana passou mal e foi medicado no Hospital Julieta Sampaio em Macajuba, mas que nem a própria Farmácia do Hospital e nem as Farmácias particulares conseguiram entender o nome do remédio que estava na receita.
Na manhã desta terça-feira,26 de fevereiro de 2019, pegamos a receita e fomos em duas Farmácias do distrito de Nova Cruz e também ninguém entendeu o que estava escrito e nem a Farmacêutica do PSF, apenas uma enfermeira do PSF conseguiu decifrar o nome do medicamento que segundo ela é Meclin, que serve para náuseas e vômitos.
Nossa reportagem tentou o contato com o Secretário de saúde para comunicar a denúncia, mas o telefone estava fora de área.
Na sessão da Câmara de 11 de outubro de 2018, o vereador Isack Soares (PSD) já avia relatado este problema, a escrita da receita por alguns médicos em Macajuba, a falta de legibilidade nas letras tem deixado as Farmácias em situação complicada para despachar os remédios para os clientes.
Isack estava com algumas receitas nas mãos e chamou a atenção para o problema.
Vale lembrar que algumas Câmaras de Vereadores pelo Brasil, criaram leis que proíbem médicos escreverem em garranchos, o que pode ser feito pelo vereador Isack, com o apoio de todos os vereadores de Macajuba.
Segurança do paciente - O que diz a lei?
O artigo 35 da Lei Federal nº 5.991, de 17 de
dezembro de 1973, tornou obrigatória a escrita de forma legível das
receitas médicas. Foi determinado que se o paciente tiver que
recorrer a um farmacêutico para decifrar o que está escrito na receita, poderá
formalizar uma denúncia no Conselho Regional da cidade contra o
profissional. Conforme o texto, uma receita somente poderá ser aviada sob a
seguinte condição: “...escrita a tinta, em vernáculo, por extenso e de
modo legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas
oficiais”.
Já o Código de Ética, de 2009, vedou ao
médico “receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou
ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no Conselho
Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de
receituários, atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos”. Se
o profissional for denunciado, o CRM poderá adverti-lo, censurá-lo
ou até mesmo cassar seu registro. É sempre importante relembrar que a
prescrição é um dos objetivos da consulta médica e seu mau entendimento pode
provocar riscos para o paciente. Um problema sério e que
já resultou, em dados recentes, uma média assustadora de 7 mil mortes
por ano.
A legibilidade na prescrição médica também é de
fundamental importância, pois implica diretamente no sucesso da internação
hospitalar. Caso a receita médica não estiver corretamente redigida
ou preenchida conforme as determinações do Conselho Federal de
Medicina, os pacientes poderão ser prejudicados em seu tratamento.
É recomendado que as receitas médicas devem ser entendidas e
respeitadas por todos os profissionais de saúde, sendo que, ao médico, cabe
o papel principal de dar o exemplo.
Veja a imagem da receita deixada pelo internauta na redação
do Blog:
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