![]() |
© Werther Santana/ Estadão Familiares se desesperam em porta de escola onde ocorreu atentado |
"Estava saindo do banheiro quando ouvi um barulho de explosão, mas achei que fossem os meninos brincando de atirar bombinha. Eles sempre fazem isso. Mas ouvi outras dez, quinze explosões e então percebi que eram tiros", conta Maria Paula Guimarães de Lima, de 16 anos, que estuda e estava na escola estadual Raul Brasil, em Suzano.
Segundo a estudante, antes de ir ao banheiro, ela tinha ido à secretaria da escola, onde os atiradores começaram a atirar. "Quando percebi que eram tiros de verdade e ouvi os professores gritando, voltei para o banheiro para me proteger. Havia umas dez pessoas se escondendo comigo, nós ficamos rezamos, pedindo para viver", conta a estudante.
Ela diz acreditar que ficou entre 30 e 40 minutos dentro do banheiro e só saiu do esconderijo minutos após os tiros cessarem. "A gente não sabia o que estava acontecendo. Eu peguei meu celular e liguei pra polícia e só saí de lá quando senti que não havia mais perigo", conta.
Maria Paula diz que a escola tinha algumas brigas entre alunos, mas "nada sério" e que tenha chegado à direção. "Eu estudo aqui há dois anos, nunca imaginei que isso pudesse acontecer. Eu gosto da minha escola, dos meus amigos, nunca pensei que alguém pudesse querer nos machucar", contou a jovem, que estava do lado de fora da unidade, acompanhada da mãe.
Publicidade:
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGW-g-CDKGR8_ojbVYeNaBst5SSDcEF92m76pSqcAAUbMMe8x70ll_RuexSWCGysuwOU2dDexrxVNZGBQLaDHdf28TFfhfhySwB8liYbxHepwHg-XmbFATIgXAgi4IASnu96DBttUpZ6o/s640/d7006885-b1b4-4358-8e2f-8852e313fdf0.jpg)