O macajubense Murilo Souza e sua esposa Gisane Senna, se
deslocaram de Macajuba Bahia para acompanhar a Cerimônia de Posse do Presidente Luiz Inácio
Lula da Silva (Lula) na Praça dos três poderes em Brasilia.
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O casal, que são profissionais da educação e digno de
exemplo em Macajuba, realizaram um sonho, além de está presente no evento,
Murilo colaborou com informações, fotos e vídeos para o Blog da cidade Deixa Comigo
Macajuba.
A Cerimônia de posse:
“Quando digo governar, quero dizer cuidar.
Mais do que governar, vou cuidar com muito carinho deste país e do povo
brasileiro. Nesses últimos anos, o Brasil voltou a ser um dos países mais
desiguais do mundo. Há muito tempo, não víamos tamanho abandono e desalento nas
ruas. Ninguém será cidadão ou cidadã de segunda classe. Ninguém terá mais ao
menos amparo do Estado”, destacou Lula.
Ao longo da cerimônia, Lula chorou ao citar casos de desigualdades enfrentadas pela
população brasileira nos últimos anos. Em paralelo, ele também recordou as
políticas implementadas nos seus dois mandatos anteriores, com foco na questão
econômica.
“Nunca fomos irresponsáveis com o dinheiro
público. Fizemos superávit fiscal todo ano, eliminamos a dívida externa,
acumulamos reservas de US$ 370 bilhões de dólares e reduzimos a dívida externa
a quase metade do que era quando chegamos ao governo”, afirmou.
Nos nossos governos, nunca houve nem haverá
gastança alguma. Sempre investimos e voltaremos a investir no nosso bem mais
precioso que é o povo brasileiro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) viajou
para os Estados Unidos na última semana e quebrou a tradição de passar a faixa presidencial para seu sucessor. Assim, Lula recebeu a
faixa das mãos dos seguintes representantes da sociedade civil:
- Raoni
Metuktire, cacique e líder do povo Kayapó;
- Aline
Sousa, catadora de materiais recicláveis do Distrito Federal;
- Francisco,
criança que mora em Itaquera, região periférica de São Paulo;
- Wesley
Rocha, metalúrgico;
- Murilo
Jesus, professor;
- Jucimara
Santos, cozinheira;
- Ivan
Baron, influenciador digital e pessoa com deficiência;
- Flávio
Pereira, artesão.
A cachorra Resistência, animal de estimação de
Lula, também esteve presente na subida da rampa do Palácio do Planalto.
Lula: O que esperar da
política econômica?
Ao longo dos discursos deste domingo, Lula fez
questão de pincelar detalhes da sua política econômica. O presidente adiantou que o consumo popular terá um papel
central na “roda da economia” do governo.
Vamos retomar o Minha Casa, Minha Vida e
estruturar um novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para gerar
empregos na velocidade que o Brasil quer e necessita.
Segundo Lula, os bancos públicos e empresas
como a Petrobras (PETR4) terão papel
fundamental neste novo ciclo. Além disso, as pequenas e médias empresas serão
impulsionadas.
Em seu terceiro mandato, Lula quer alcançar
uma meta de desmatamento zero na Amazônia e também zerar a emissão de gases do
efeito estufa na matriz energética nacional.
“Nenhum outro país tem as condições do Brasil
para se tornar uma grande potência ambiental. Vamos iniciar a transição
energética e ecológica para uma agropecuária e uma mineração sustentáveis, uma
agricultura familiar mais forte, uma indústria mais verde”, afirmou Lula.
Durante a posse de Lula, o petista voltou a criticar a política do teto de gastos. Ele prometeu que revogará
esse arcabouço fiscal, o qual classificou como “estupidez”.
No parlatório, Lula
também reassume compromisso de combater a desigualdade
Ao discursar no parlatório do Palácio
do Planalto para um público de 40 mil pessoas, o presidente
recém-empossado Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (1º) que
reassumiu o compromisso de cuidar dos brasileiros. Após ser empossado no
Congresso horas antes, Lula disse que todas a formas de desigualdade serão
combatidas durante o seu terceiro mandato.
“Reassumo o compromisso de cuidar de todos,
sobretudo daqueles que mais necessitam. De acabar outra vez com a fome. Temos
um imenso legado, ainda vivo na memória de cada brasileiro e brasileira”,
afirmou após receber a faixa presidencial.
Ao se dirigir aos apoiadores que o aguardavam
na Praça dos Três Poderes, o presidente agradeceu o voto de seus
eleitores, mas afirmou que vai governar para todos os brasileiros.
“Vou governar para os 215 milhões de brasileiros e brasileiras,
e não apenas para quem votou em mim. Vou governar para todas e todos, olhando
para o nosso luminoso futuro em comum, e não pelo retrovisor de um passado”,
disse.
Lula se emocionou ao pedir ajuda da população para combater a
fome no país. Ele citou casos de pessoas que passaram a procurar ossadas em
açougues para comer e considerou “inadmissível que os 5% mais ricos detenham a
mesma fatia de renda que os demais 95%”.
“Há muito tempo não víamos tamanho abandono e desalento nas
ruas. Mães garimpando lixo, em busca do alimento para seus filhos. Famílias
inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo. Fila na
porta dos açougues, em busca de ossos para aliviar a fome. E, ao mesmo tempo, filas
de espera para a compra de jatinhos particulares”, questionou.
O presidente também destacou que seu governo vai combater o
racismo.
“Ninguém terá mais ou menos amparo do Estado, ninguém será
obrigado a enfrentar mais obstáculos pela cor de sua pele. Foi para combater a
desigualdade e suas sequelas que nós vencemos a eleição. Esta será a grande
marca do nosso governo”, acrescentou.
Lula falou também sobre economia. O presidente disse que seus
governos nunca foram irresponsáveis com dinheiro público. O presidente destacou
que o Brasil foi reconhecido internacionalmente pelo combate à fome, mas com
“total responsabilidade das finanças”.
“Nunca houve nem haverá gastança alguma. Sempre investimos, e
voltaremos a investir, em nosso bem mais precioso: o povo brasileiro”,
concluiu.
Antes do discurso no Parlatório,
Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto e recebeu a faixa
presidencial de cidadãos que representaram o povo brasileiro.
Há 35 minutos
Após discursos na posse,
Lula recebe cumprimentos de líderes internacionais
No salão nobre do Palácio do Planalto, Lula e
Janja, ao lado de Alckmin e a esposa Lu, recebem cumprimentos de chefes de
estado na cerimônia de posse, depois do discurso no parlatório do
Palácio do Planalto.