Popularmente conhecida como botox, a toxina botulínica é utilizada para fins estéticos e funcionais. Nos consultórios odontológicos, o botox pode ser aplicado para corrigir disfunções, como o bruxismo e o sorriso gengival, e em procedimentos estéticos nas regiões do rosto e do pescoço, a chamada harmonização orofacial.
O botox é um medicamento biológico injetável que inibe a contração de determinados músculos faciais. Dessa forma, produz melhoras no envelhecimento cutâneo, atenuando rugas e linhas de expressão. O botox também é indicado para o tratamento de diversas doenças, porque reduz e paralisa seletivamente as contrações musculares.
O Conselho Federal de Odontologia (CFO) reconhece o uso da substância dentro da área de atuação do cirurgião-dentista. “A aplicação da toxina botulínica envolve um conhecimento profundo da anatomia de cabeça e pescoço. Além disso, é imprescindível entender como essa musculatura interage entre si para realizar os movimentos da mímica facial”, afirma a cirurgiã-dentista Talita Miksza (CRO-PR 18873).
“Somente quando se entende esses fundamentos é possível agir seletivamente na musculatura e realizar uma infiltração precisa, eficaz e segura. Por compreender todos esses elementos, o cirurgião-dentista é um profissional da área da saúde habilitado e apto a realizar este procedimento”, acrescenta Talita, que é mestre em Ortodontia pela UNESP e especialista em Harmonização Orofacial.
O que diz o CFO
Desde 2019, o CFO reconhece a harmonização orofacial como especialidade odontológica, a partir da resolução 198/2019. Dessa forma, permitiu que cirurgiões-dentistas realizem tratamentos com botox, preenchedores e laser, além de técnicas cirúrgicas para correção de lábios e bochechas.
Porém, para realizar estes procedimentos, a normativa estabelece a necessidade de especialização em Harmonização Orofacial, em cursos com carga mínima de 500 horas.
Também tem o direito ao registro de especialista em Harmonização Orofacial, o cirurgião-dentista que tenha especialização em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilo Facial, com atuação efetiva nos últimos cinco anos. Também profissionais de qualquer outra especialidade, que atuem há cinco anos, e tenham, no mínimo, 360 horas de cursos que englobem o conteúdo.
O uso do botox na Odontologia
Nos consultórios odontológicos, o botox pode ser aplicado em casos de:
- Bruxismo;
- Sorriso gengival;
- Sorriso deprimido;
- Dores nos músculos dos maxilares;
- Mastigação unilateral;
- Traumas;
- Excesso de salivação e transpiração;
- Assimetrias faciais e do sorriso;
- Rugas de expressão.
Como são feitas as aplicações de botox?
O cirurgião-dentista Sidmarcio Ziroldo (CRO/PR 12.151), presidente da Academia Brasileira de Especialistas em Harmonização Orofacial (ABEHOF), explica que a aplicação de botox é intramuscular e que o efeito da substância dura de quatro a seis meses.
Após este período, podem ser necessárias novas aplicações. Primeiramente, é feita a avaliação do paciente. Então, o cirurgião-dentista aplica a dose ideal da toxina botulínica em pontos específicos, de acordo com o resultado desejado.
“O cirurgião-dentista qualificado precisa ter a habilidade de um artista, destreza e conhecimentos científicos para atender todas as expectativas dos pacientes, proporcionando a eles saúde e bem-estar”, destaca Ziroldo, que é mestre em Ortodontia e especialista em Harmonização Orofacial.
Qualquer pessoa pode fazer botox?
De acordo com Talita Miksza, mesmo sendo um procedimento minimamente invasivo e relativamente simples, nem todas as pessoas podem aplicar a toxina botulínica.
Entre as contraindicações estão a presença de infecções ativas, aplicação recente de vacina antitetânica, doenças neuromusculares, uso de alguns antibióticos e relaxantes musculares, gravidez, lactação e alergia à toxina ou às substâncias presentes na fórmula da toxina botulínica.
Por isso, aconselha-se que o paciente passe por uma criteriosa avaliação individual, para que o profissional julgue as condições ideais de tratamento.
Entre em contato com a Clionm e coloque o seu botox.
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