Debora Bloch como Odete Roitman
Foto: Divulgação
Debora Bloch trouxe muita coisa da essência de Odete Roitman para a "Vale tudo" de 2025. Há quase 40 anos atrás, coube a Beatriz Segall dar vida para a icônica vilã na primeira versão da novela. O Brasil era outro naquela época, em 1988, e agora a viúva surgirá atualizada. A nova atriz elenca o que mudou e o que permanece igual na personagem:
Odete é uma grande personagem. Ela é um retrato de uma classe brasileira que despreza o Brasil e, ao mesmo tempo, se beneficia dele, suga suas riquezas. Infelizmente, ela também é muito atual. O Brasil mudou, mas estamos vendo uma volta, até no mundo todo, de um pensamento conservador, preconceituoso, retrógrado. A gente conseguiu caminhar tanto nas questões humanistas, e eu nunca imaginei que fôssemos assistir de novo uma ode a ideais tão ultrapassados, facistas. Mas estamos vendo o mundo caminhando pra isso, como se a história estivesse se repetindo. A Odete representa esse pensamento. O texto dessa novela é muito bem escrito também. Agora Manuela Dias (autora do remake) está atualizando isso. E eu estou tentando fazer uma Odete que represente esse país de hoje.
A nova novela das nove estreia na próxima segunda-feira (31). Apesar da curiosidade do público para ver a nova atriz no papel emblemático, Odete demorará alguns capítulos para aparecer na trama. A vilã só fará sua primeira aparição no capítulo 24, previsto para ir ao ar em 26 de abril — data em que a emissora celebra seus 60 anos. Debora adianta:
— Ela continua preconceituosa, fala coisas horríveis como se fosse normal. Infelizmente eu acho que essa é uma personagem que ainda está aí. A Odete é classista também, é controladora, manipuladora. Ea não controla tudo, graças a Deus. Como a personagem entra no capítulo 24, cheguei nas gravações depois que todo mundo.
Mãe de Heleninha (Paolla Oliveira) e Afonso (Humberto Carrão) e irmã de Celina (Malu Galli), Odete ficou viúva cedo, assumindo os negócios do Grupo Roitman, que incluem a empresa de aviação TCA, e multiplicando sua fortuna em pouco tempo. De origem humilde, ascendeu econômica e socialmente e compensa sua falta de nobreza sendo esnobe.
A vilã faz questão de odiar tudo que é popular e nutre um desprezo pelo Brasil, que julga um país subdesenvolvido. Se alia a quem precisar para deixar os problemas dos filhos o mais longe possível dela. Vai encontrar em Maria de Fátima (Bella Campos) uma aliada a seu serviço, que lhe será muito útil nos planos que tem para os filhos.
Fonte: Extra Globo
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