sábado, 18 de janeiro de 2025

Mais da metade das crianças baianas vivem com alguma privação, diz Unicef



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No Brasil, 28,8 milhões de jovens não têm acesso a renda, educação, informação, água, saneamento e moradia

O Brasil tem mais da metade das crianças e adolescentes de 0 a 17 anos vivendo na pobreza. Ao todo, são 28,8 milhões (ou 55,9%) nessa situação. Em 20 estados, mais de 50% da população nessa faixa etária possui alguma privação de acesso à renda, educação, informação, água, saneamento, moradia, proteção contra o trabalho infantil e segurança alimentar.

Os dados são do estudo Pobreza Multidimensional na Infância e na Adolescência no Brasil, lançado pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) nesta semana que termina hoje, sábado, 18/1.

O estudo classificou as restrições aos direitos fundamentais em privação intermediária, quando há um acesso limitado ou de má qualidade a uma das esferas, e em pobreza extrema, quando não há nenhum acesso ao direito.

Dados do Censo Escolar 2021 revelam que as escolas de educação básica no Brasil registraram 653 mil matrículas a menos em comparação com 2019

Situação por estado

O Piauí é o estado com o maior percentual (90,6%) de crianças e jovens em privação, com 776,9 mil.

São Paulo, apesar de ser o estado com o menor percentual (31,7%), tem o maior número absoluto de crianças e adolescentes com alguma privação de acesso a direitos fundamentais: 3,3 milhões.

Outros estados com mais de 1 milhão de jovens nessa situação são:

Bahia, com 67,1% (2,4 milhões, das 3,57 milhões)

Pará, com 89,5% (2,2 milhões)

Minas Gerais, com 38,3% (1,7 milhão)

Rio de Janeiro, com 42,1% (1,5 milhão)

Paraná, com 46,2% (1,2 milhão)

Rio Grande do Sul, com 46,3% (1,1 milhão).

Os estados das regiões Norte e Nordeste enfrentam as situações mais críticas em relação à privação de direitos fundamentais entre crianças e adolescentes. Pará, Rondônia, Amapá, Acre e Maranhão têm ao menos 80% da população nessa faixa etária vivendo nessas condições.

Por outro lado, o percentual de privação das crianças só fica abaixo de 40% em dois estados do Sudeste e no Distrito Federal.



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