Foto: Reprodução/Instagram
A Justiça decretou a prisão do cantor Gusttavo Lima. A medida é assinada pela juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça de Pernambuco, e está relacionada à operação Integration, a mesma que colocou Deolane Bezerra atrás das grades. Ela investiga empresas de jogos de apostas (as populares Bets) e seu suposto envolvimento em esquemas criminosos de lavagem de dinheiro.
Segundo o telejornal policial Brasil Urgente, da Band, Lima precisará entregar o seu passaporte e o registro de posse de armas de fogo.
O processo tramita em sigilo, mas a Folha de S.Paulo descobriu que a juíza acatou pedido da Polícia Civil e rejeitou parecer do Ministério Público --que, na sexta (20), havia recomendado a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares.
De acordo com Andrea Calado, não há, "no momento, nenhuma outra medida cautelar menos gravosa capaz de garantir a ordem pública" do que a prisão. Ela também decretou a prisão do empresário Boris Maciel Padilha.
A juíza apontou que Gusttavo Lima pode ter deixado dois investigados --o empresário paraibano José André da Rocha Neto, dono da empresa VaideBet, e sua esposa, Aislla Rocha-- pela Integration na Europa durante uma viagem feita em seu jatinho particular. O casal estava na Grécia no dia em que a operação foi deflagrada e, por isso, não se entregou à polícia.
"Na ida, a aeronave transportou Nivaldo Lima [nome verdadeiro de Gusttavo] e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia - Atenas - Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala - Atenas - Ilhas Canárias - Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, na Espanha", escreveu.
"Esses indícios reforçam a gravidade da situação e a necessidade de uma investigação minuciosa, evidenciando que a conivência de Nivaldo Batista Lima com foragidos não apenas compromete a integridade do sistema judicial, mas também perpetua a impunidade em um contexto de grave criminalidade", continuou Andrea no texto. "Nivaldo Batista Lima, ao dar guarda a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça.Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas.A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado."
Investigações da Polícia Civil apontam que a empresa Balada Eventos, de Gusttavo Lima, teria sido usada pela bet Esportes da Sorte, juntamente com outras duas empresas, em um esquema de lavagem de dinheiro. Por conta disso, a Balada acabou inserida no âmbito da operação.
Outro lado O Notícias da TV procurou a assessoria de Gusttavo Lima para ouvi-lo sobre a prisão, mas a equipe não se pronunciou até a conclusão deste texto. Na semana passada, o cantor apontou excesso de autoridade na inserção da Balada Eventos na operação Integration.
"Houve excesso, sim, por parte da autoridade. Poderia ter sido emitida uma intimação para que a Balada Eventos prestasse conta dos valores recebidos dessas empresas", escreveu ele nas redes sociais. Lima informou que sua empresa apenas realizou transações comerciais com as bets.
Em nota, a defesa de José André da Rocha Neto e de Aislla Rocha disse que os dois não praticaram qualquer ilegalidade, "que isso será demonstrado com fatos e documentos na investigação" e que "a medida de prisão não se justifica."
Fonte Notícias da TV