Estudo de universidades americanas analisou a presença de moléculas inflamatórias no sangue de adultos de meia-idade e foram capazes de prever mudanças cognitivas futuras
Um estudo de cientistas da Universidade Johns Hopkins e da Universidade do Mississippi analisou a presença de moléculas inflamatórias no sangue de adultos de meia-idade e foram capazes de prever mudanças cognitivas que poderiam se manifestar 20 anos depois.
Os pesquisadores defendem que a ciência se concentra na saúde na idade avançada, quando os efeitos do tempo são mais óbvios. Nessa altura, muitas vezes pode ser tarde demais para intervir. A meia-idade pode ser um período chave para detectar precocemente fatores de risco de declínio cognitivo, como a demência.
O conteúdo do sangue pode causar o envelhecimento do cérebro. Com o tempo, as células e órgãos deterioram-se lentamente e o sistema imunológico pode reagir a isso, iniciando o processo de inflamação. Moléculas inflamatórias podem chegar na corrente sanguínea, ao cérebro, interferir no funcionamento do órgão e possivelmente prejudicar a cognição.
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O cérebro muda sem que a pessoa perceba
Ao avaliar a memória de pessoas sobre acontecimentos quotidianos, o estudo afirma que a mudança ao longo do tempo parece ser especialmente rápida e instável durante a meia-idade. Isso sugere que o cérebro pode atravessar mudanças aceleradas, em vez de graduais, durante esse período. Descobriu-se que várias estruturas do cérebro mudam na meia-idade. O hipocampo, área crítica para a formação de novas memórias, é uma das estruturas do cérebro que muda durante esse período.
O exercício físico confere alguns benéficos ao cérebro em processo de envelhecimento, através de mensageiros transmitidos pelo sangue. Eles podem funcionar para se opor aos efeitos do tempo.
Fonte: O Globo
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