sábado, 25 de maio de 2024

Comunicação sexual: saiba como é possível melhorar o sexo e a intimidade na hora H



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Comunicação sexual: saiba como é possível melhorar o sexo e a intimidade na hora H — Foto: Freepik

Muitos casais têm queixas da prática sexual no dia a dia, seja pela diminuição da conexão ou perda da química, e a comunicação pode ser o fator necessário para reverter esse processo de desgaste e estimular a intimidade do casal.

Quais são os melhores caminhos? O que fazer para resgatar a chama da relação na hora H? “A comunicação entre casais ainda é um grande problema. Se conseguissem expor mais claramente um para o outro o que pensam, sentimentos que são despertados diante de determinadas situações, o que gostam ou não, o que desejam, tudo ficaria mais fácil e a negociação dos acordos na relação ficaria mais tranquila”, aponta a sexóloga Carla Cecarello.

A comunicação é a base, ajuda a estreitar laços, aumentar a vulnerabilidade e, consequentemente, a intimidade, a honestidade e a confiança, acrescenta a sexóloga Carol Bruning.

“Eu preciso sentir que o outro está lá para mim e isso inclui o sexo, porque o bem-estar sexual é o bem-estar na relação. O sexo é o ápice da intimidade, se eu não tiver vontade com essa pessoa, não vai ser bom para os dois. É importante que os casais sejam claros, abertos e assertivos verbalmente.”

Mas para evitar confusão, Carla Cecarello alerta qual o momento em que essa comunicação jamais deve ser feita: “Nunca na hora do sexo. A hora do sexo é a hora do sexo, é justamente a hora de você praticar o que você conversa anteriormente com a sua parceria.”

Comunicação sexual: saiba como é possível melhorar o sexo e a intimidade na hora H — Foto: Freepik


O momento certo para discutir os desencontros do casal no sexo

A especialista afirma que, durante o momento de intimidade, essa comunicação deve ser diferente. “Tem que ser mais divertida, erótica, sensual, prazerosa. Se a comunicação existir desta forma, é muito melhor”, explica ela.

É neste momento em que as trocas são experimentadas, descobertas e ajustadas. “Porque tem condições ali de mudar de posição, de fazer coisas diferentes e tudo mais. Mas trazer outro tipo de comunicação ou discussão de algum assunto mais elaborado para a hora do sexo atrapalha.”

A sexóloga resume de forma descomplicada como é possível dar os primeiros passos para melhorar a vida sexual através do diálogo: “Você tem que fazer um levantamento dos pontos do que não está bom na vida sexual do casal, do que gostaria de melhorar e poder trazer à tona, não no momento do sexo.”

Ela sugere marcar um lugar para sair do ambiente da casa, “longe da cama”, onde se possa realizar uma conversa civilizada e trocar as ideias: “Começando por pontos mais simples e pouco a pouco trazendo pontos mais complicados para a relação. Isso ajuda muito porque cresce a intimidade.”

Mas para quem sente dificuldade em iniciar nesse processo ou dar continuidade, a busca de um psicólogo pode ser a melhor opção. “A forma de mudar isso, muitas vezes, é buscando ajuda de um profissional, ele vai mostrar as deficiências dessa comunicação e a importância de trazê-la para o relacionamento.”


Comunicação sexual: saiba como é possível melhorar o sexo e a intimidade na hora H — Foto: Freepik

Buscar informações na internet e redes sociais ajuda?

Segundo as especialistas, apesar de as redes sociais, os aplicativos, a internet, de modo geral, abrir espaço para uma maior comunicação e trocas de experiências, essa opção não vai colaborar de forma efetiva para os problemas do casal.

“A internet tem a questão do viés cognitivo, a gente encontra as coisas que fecham muito com o nosso jeito de pensar e elas não necessariamente são verdade. Esse é um problema. Há informação de todo tipo na internet e o hábito que temos de buscar aquela que se encaixa mais com a nossa expectativa e perspectiva pode atrapalhar”, afirma Carol Bruning.

“Em nenhum momento, eu vejo como um benefício, muito pelo contrário. As dificuldades existentes entre os casais que precisariam ser comunicadas, são dificuldades porque muitas vezes estão relacionadas à vivência e à educação de cada um. Isso não é algo que você encontra nas redes sociais, é algo que você começa a sentir a partir das vivências a dois”, aponta Carla.

Ela afirma que toda a energia das pessoas é gasta se comunicando com os outros nas redes sociais, se expondo aos outros, e isso atrapalha que uma energia em potencial seja investida na discussão da relação a dois.

'A gente problematizou a DR!'

A sexóloga Carol Bruning defende o poder da discussão da relação: “Um dos mitos que a gente tem hoje é de que DR é ruim, que é dor de cabeça, que é coisa de mulher, que falar do sentimento é um saco, vai ser reclamação, vai ser exigência.”

Na verdade, a DR deveria ser uma forma de medir a temperatura do relacionamento: estamos felizes nesse nosso acordo? O nosso acordo, nesse momento, ainda serve para nós dois? Está todo mundo satisfeito com o que está dando ou recebendo nessa relação?

“A gente problematizou a DR como se fosse uma conversa muito difícil e espinhosa, mas não é. A conversa é essencial. Muitas vezes, a internet te ajuda a resolver uma coisa sem necessariamente falar com o outro. O excesso de informação está ali tanto para o bem quanto para o mal”, pondera.


Fonte Gshow 

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