segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Lula convida governador da Bahia para fazer parte de seu ministério



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Em sua estadia na Bahia, onde foi descansar depois da vitória no segundo turno, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva formalizou convite ao governador Rui Costa (PT) para compor o novo governo. O destino mais provável do baiano seria o Ministério das Cidades, que foi extinto na gestão Jair Bolsonaro e fundido com Integração Nacional para formar o Ministério do Desenvolvimento Regional. A pasta deverá ser recriada.
Rui Costa: destino mais provável seria o Ministério das Cidades, a ser recriado — Foto: Silvia Costanti/Valor


Costa, que decidiu não concorrer a nenhum cargo eletivo depois de dois mandatos como governador, já era nome quase certo no primeiro escalão. Ele chegou a ser ventilado para a Fazenda.Ele chegou a ser ventilado para a Fazenda. É reconhecido pela responsabilidade fiscal, mas interlocutores de Lula afirmam que o presidente eleito prefere alguém com traquejo político em Brasília para a função e vê Costa como um exitoso tocador de obras. Dois dos mais importantes contratos de PPP do país avançaram durante sua administração: o metrô de Salvador e a ponte Itaparica-Salvador.



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Neste fim de semana, os economistas André Lara Resende, Guilherme Mello e Persio Arida foram convidados a integrar a equipe de transição. Conforme apurou o Valor, Lara Resende teria aceito o convite.Ele e Arida figuram entre os criadores do Plano Real, que conseguiu debelar a hiperinflação no Brasil nos anos 1990. Mello, por sua vez, auxiliou na redação do programa de governo de Lula e também fará parte da equipe de transição.

A expectativa é que os nomes sejam formalizados nesta segunda-feira. Logo após o primeiro turno, Lula anunciou que traria “gente de fora” para sua equipe, sinalizando que poderia buscar nomes de fora do PT para tratar da economia.

De acordo com fontes próximas a Lula, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) tem vaga garantida no primeiro escalão. Ele deverá assumir o Ministério da Justiça ou o Ministério da Segurança Pública, caso realmente haja um desmembramento das duas pastas (hoje juntas), como se cogita.

Wellington Dias (PT), ex-governador do Piauí e também eleito para o Senado, é cotado para a Casa Civil ou para a equipe econômica. Ele tem sido um dos principais porta-vozes da campanha na área fiscal. No entanto, Lula tem dado sinais a interlocutores de que o prefere como um negociador de peso do novo governo no Congresso.


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O mesmo destino deve ter Camilo Santana (PT-CE), que já teria manifestado nos bastidores sua intenção de permanecer no Senado. Ele teria avalizado, porém, o nome de Izolda Cela para a Educação. Vice-governadora de Camilo, ela assumiu o governo do Ceará em abril e se desfiliou do PDT - era ligada à família Gomes -, bancando apoio a Lula no Estado desde o primeiro turno.

Psicóloga de formação e especializada em educação infantil, Izolda tem experiência no atendimento clínico a crianças forte vínculo com a área. Ela foi secretária de Educação em Sobral, município que se tornou referência, e secretária estadual.

Nomes como Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann também são considerados certos na Esplanada dos Ministérios. A ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva (Rede) poderá ocupar a Autoridade Climática que ela própria sugeriu formalmente ao anunciar apoio para Lula no segundo turno. Ela tem comentado com aliados, porém, que vê a pauta antiambiental no Congresso como uma ameaça e talvez fique na Câmara. Ex-governador de São Paulo e candidato derrotado ao Senado, Márcio França (PSB) é favorito para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) - que será recriado.


 



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