6.out.2022 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante coletiva no Palácio do Planalto
O ministro da Economia, Paulo Guedes, cometeu uma gafe hoje ao criticar o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que o governo atual "roubou menos". O político rapidamente se corrigiu, dizendo: "nós não roubamos". A declaração foi dada a jornalistas após um evento na capital paulista.
"Eu, se fosse o Bolsonaro, diria 'tudo que o Lula fizer, eu faço mais. Por quê? Porque nós roubamos menos. Nós não roubamos'", afirmou Guedes. "Quem rouba não consegue pagar muito. Se você pagar um salário mínimo de R$ 1.200, eu pago R$ 1.400. Se você paga R$ 1.400, eu pago R$ 1.500. Só tenho uma certeza: quem não desvia recursos tem condição de pagar melhor", disse o ministro.
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O deslize aconteceu durante uma entrevista coletiva após Guedes participar de um evento na ACSP (Associação Comercial de São Paulo), quando o ministro afirmou que sua equipe ainda está estudando a possibilidade de aumentar as faixas de isenção do Imposto de Renda (IR).
O deslize aconteceu durante uma entrevista coletiva após Guedes participar de um evento na ACSP (Associação Comercial de São Paulo), quando o ministro afirmou que sua equipe ainda está estudando a possibilidade de aumentar as faixas de isenção do Imposto de Renda (IR).
"Quando você diz que vai dar uma isenção de R$ 5 mil, R$ 6 mil, você está dizendo que só 20% vão pagar o Imposto de Renda. Então, você precisa ir buscar esse recurso em outro lugar, sabendo que, no mundo inteiro, o imposto de renda é o imposto mais virtuoso", disse Guedes.
Na propaganda de TV, o presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu zerar o IR para quem ganha até R$ 6 mil, em uma reação à campanha de Lula, que propôs zerar a alíquota do tributo para rendas de até R$ 5 mil.
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Para Guedes, o atual governo é mais competente e, por isso, pode fazer propostas mais altas.
Para Guedes, o atual governo é mais competente e, por isso, pode fazer propostas mais altas.
Questionado sobre como poderia funcionar a ampliação dessa isenção, o ministro disse que essa pergunta não é feita do ex-presidente Lula com relação ao financiamento da sua proposta. "Ele já avisou de onde vai tirar?".
(*Com informações de Estadão Conteúdo)