quarta-feira, 26 de outubro de 2022

Assistir à TV pode causar demência em idosos, aponta pesquisa



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Idosos que gastam a maior parte do tempo assistindo televisão têm mais chances de desenvolver demência



Comportamentos sedentários de lazer em idosos, como assistir à televisão sentado, estão associados a uma maior chance de desenvolvimento de demência, independentemente do quanto a pessoa se engaje em atividades físicas. É o que concluiu uma nova pesquisa publicada da revista Proceedings of the National Academy of Sciences,

O trabalho concluiu, a partir de 146.651 adultos com 60 anos ou mais, que os que gastavam a maior parte do seu tempo assistindo televisão tinham um risco 24% maior para demência, mas os que usavam mais tempo no computador apresentavam uma redução de 15% no risco da doença. 





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A explicação, de acordo com os cientistas, é de que ver TV é uma atividade cognitivamente passiva, ou seja, exige pouco pensamento. Já o uso do computador é cognitivamente ativo, o que significa que é mais intelectualmente estimulante, assim como a leitura. 

Todos os grupos participantes do estudo tiveram suas chances de desenvolvimento de demência mantidas independentemente do nível de atividade física que praticavam em outras horas do dia. No entanto, estudos anteriores já apontaram benefícios da atividade física para a redução do declínio cognitivo.

Os 145.651 participantes do estudo não tinham demência no início do trabalho, mas após 12 anos de pesquisas, 3.507 participantes foram diagnosticados com a doença.

Pesquisadores concluíram que "reduzir cognitivamente passivos [comportamentos sedentários] como assistir TV e aumentar cognitivamente ativos [aqueles] como o uso de computador, até mesmo em uma pequena quantidade, pode ter um impacto importante no risco de demência em indivíduos, independentemente de seu engajamento na atividade física".



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O que é demência?

A demência afeta mais de 1 milhão de pessoas no Brasil

Demência é um termo guarda-chuva usado para descrever uma série de sintomas: perda da memória, confusão, problemas com linguagem, raciocínio e mudanças comportamentais, que vão se agravando com o passar dos anos. 

A doença não faz parte do envelhecimento normal e hoje afeta mais de 1 milhão de pessoas no Brasil, e cerca de 100 mil casos são diagnosticados por ano. Nos Estados Unidos, são 6 milhões de pessoas com Alzheimer e doenças relacionadas, e o número deve aumentar para 14 milhões até 2060, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

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