sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Papa envia telegrama e liga para Cristina Kirchner após ataque



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Pontífice expressou sua solidariedade à vice-presidente argentina após o ataque da última quinta-feira (1º). Segundo a imprensa argentina, o líder religioso também ligou para Kirchner hoje cedo e teve uma conversa “breve e amigável” com ela.
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O papa Francisco enviou um telegrama para Cristina Kirchner expressando sua solidariedade após o ataque sofrido pela vice-presidente da Argentina na noite da última quinta-feira (1º).

Segundo a imprensa argentina, o líder religioso também ligou para Kirchner hoje cedo e teve uma conversa “breve e amigável” com ela.

"Rezo para que a harmonia social e o respeito aos valores democráticos prevaleçam sempre na amada Argentina, contra todo tipo de violência e agressão", declarou o pontífice na carta.


O telegrama foi publicado na manhã desta sexta-feira (2) no site do Vaticano.
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Veja a tradução do comunicado, na íntegra:

À vice-presidente da República Argentina, Dra. Cristina Fernández de Kirchner,

tendo recebido a notícia do ataque que V. Excelência sofreu na tarde de ontem, quero expressar a minha solidariedade e proximidade neste momento delicado. Peço que a harmonia social e o respeito pelos valores democráticos prevaleçam sempre na amada Argentina, contra todo tipo de violência e agressão.

Francisco.



Como foi o ataque?

Fernando André Sabag Montiel, brasileiro, de 35 anos, radicado na cidade de Buenos Aires, apontou uma pistola a poucos centímetros do rosto da vice-presidente, Cristina Kirchner. O ataque aconteceu por volta das 21h desta quinta (1º), quando ela saudava um grupo de militantes na frente de sua residência. A arma chegou a ser engatilhada, mas o tiro falhou.

"Estamos diante de um fato com uma gravidade institucional e humana extrema. Atentaram contra a nossa vice-presidente e a paz social foi alterada", afirmou o presidente, acrescentando que "este atentado merece o mais enérgico repúdio de toda a sociedade argentina e de todos os setores políticos".
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Alberto Fernández atribuiu o atentado "ao discurso de ódio que tem sido espalhado a partir de espaços políticos, judiciais e midiáticos".

"Cristina está viva porque, por alguma razão ainda não confirmada tecnicamente, a arma que tinha cinco balas não disparou apesar de ter sido engatilhada", descreveu Alberto Fernández.

Fernando Montiel aparece de gorro preto entre os militantes que aguardavam a chegada de Cristina Kirchner em frente à sua casa, no bairro de La Recoleta. O brasileiro estica o braço esquerdo e aponta a pistola na altura da cabeça da ex-presidente. Também é possível ouvir o gatilho antes do disparo.

Cristina Kirchner, ao ver a arma, chega a se abaixar. A vice-presidente fica um pouco desnorteada, mas continua a assinar livros, a tirar fotos e a cumprimentar a militância.
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Os seguranças de Cristina Kirchner conseguiram deter o agressor com a ajuda dos militantes. Em seguida, o brasileiro foi preso.

Brasileiro é motorista do Uber

Fernando Sabag Montiel, conhecido nas redes sociais como Fernando Salim, nasceu em 13 de janeiro de 1987, trabalha como motorista de Uber e tem antecedentes por porte de arma ilegal não-convencional em 17 de março de 2021. Ele foi flagrado com um facão de 35 cm "para a sua segurança pessoal", alegou o brasileiro residente no bairro de La Paternal, em Buenos Aires.


Fonte: G1

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