No fim do século passado, com o nascimento da internet, as "cassandras espectrais" voltaram a profetizar a morte desse veículo. Afinal, quem se interessaria por rádio quando você pode ter notícias e conteúdos falados, escritos ou vídeos na web?
Já são, portanto, mais de um século de "profecias" tortas e nada indica que algum dia elas vão acertar.
É o que mostra a mais recente pesquisa da Kantar Ibope sobre o consumo de rádio pelos brasileiros, chamada de "Inside Radio 2021".
Segundo o estudo, pelo menos 80% dos brasileiros, nas 13 maiores regiões metropolitanas do país, ouvem ao menos um minutinho de rádio todos os dias: seja dentro de casa, seja nos carros indo ao trabalho, seja em casa ou no trabalho, por meio de streaming.
O índice cresce 2 pontos percentuais em relação a 2020.
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Espantoso
É um número espantoso para um veículo de comunicação "destinado a morrer", segundo os "videntes" da mídia brasileira e mundial.
Aliás, segundo a pesquisa, em média, cada pessoa passa, em média, 4 horas e 26 minutos ouvindo rádio (ou consumindo seu conteúdo) diariamente.
Na Região Sul do país, o maior consumo: 85% das pessoas declaram ouvir rádio; no Nordeste, 81%; Centro -Oeste e Sudeste, 80%.
Segundo a pesquisa, 52% do público são mulheres e 48% homens.
A classe C é a maior consumidora: 43% do total, seguidas de perto pelas classes A e B (40%).
Em relação à idade, os públicos que se destacam são as pessoas acima de 60 anos (21%), de 30 a 39 anos (20%) e de 40 a 49 anos (19%).
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A maioria continua usando rádios comuns (em casa, no trabalho ou nos carros), mas o consumo pelo celular aumentou em relação a 2020: passou de 23% para 25% este ano.
Em casa (71%), no carro (24%), durante trajetos (8%) e no trabalho (2%) são os locais citados para o consumo do meio.
Nada menos que 10% disse ter ouvido rádio pela internet nos últimos 30 dias. Esse público passou por dia, em média, 2 horas e 44 minutos conectados ao rádio.
Podcasts
Os podcasts também têm conquistado mais espaço: 31% dos ouvintes com acesso à internet ouviram podcasts nos últimos três meses, um aumento de 32% em relação a 2020.
De acordo com a pesquisa, os comerciais que surgem entre os programas e as músicas são o formato que mais capta a atenção dos ouvintes (50%); seguidos por promoções durante a programação das emissoras de rádio (28%).