Com 150 km de diâmetro, ele é cerca de 31 vezes maior do que os cometas geralmente vistos pelos astrônomos.
Ele foi detectado pela primeira vez em 2014, mas só agora — sete anos depois — os cientistas foram capazes de identificá-lo.
Batizado de Bernardinelli-Bernstein em homenagem aos cientistas que o descobriram, dos quais um brasileiro, ele foi primeiro confundido com um pequeno planeta conhecido como planeta anão.
À medida que se aproxima do nosso planeta, os cientistas poderão observá-lo e aprender mais sobre a formação do sistema solar.
Um dos astrônomos que descobriram o cometa, Gary Bernstein, disse: "Temos o privilégio de ter descoberto talvez o maior cometa já visto — ou pelo menos maior do que qualquer um bem estudado — e o flagramos cedo o suficiente para que as pessoas o vissem evoluir à medida que se aproxima e aquece.
"Ele não visita o sistema solar há mais de 3 milhões de anos."
O que é um cometa?
Assim como os planetas, os cometas orbitam o Sol.
Eles são diferentes dos asteroides, entretanto, por causa de sua composição.
Os asteroides são normalmente feitos de materiais rochosos e metálicos.
Considerando que os cometas são um pouco como uma bola de neve maciça, feita de gelo e poeira, e algum material rochoso.
Pode-se reconhecê-los no céu noturno por suas longas caudas, que podem se estender por milhões de quilômetros.
O que há de tão especial no cometa Bernardinelli-Bernstein?
De acordo com a Nasa, a agência espacial americana, existem atualmente 3.743 cometas conhecidos.
Normalmente, os cometas têm cerca de três a cinco km de diâmetro, do tamanho de um vilarejo.
Mas o Bernardinelli-Bernstein tem cerca de 150 km de diâmetro, distância entre Rio de Janeiro e Cabo Frio ou São Paulo e Bertioga.
E não há motivo para pânico: sua órbita está muito longe, o que significa que não vai colidir com a Terra.
Na verdade, está tão longe que os astrônomos estimam que leva milhões de anos para circundar o Sol — enquanto a Terra leva cerca de 365 dias.
Na próxima década, conforme o cometa Bernardinelli-Bernstein se aproxima do Sol, os cientistas poderão observá-lo mais de perto.
Ele chegará mais perto da Terra no dia 21 de janeiro de 2031.
Apesar disso, nessa data, o cometa ainda estará a cerca de 1,6 bilhão de milhas de distância do sol.
Fonte: G1