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O motivo do aumento se deve à crise que atinge as principais hidrelétricas do país e à pior estação úmida dos últimos 91 anos. Segundo Lima, o reajuste será necessário para controlar a crise.
Porém, a Aneel estuda algumas medidas para diminuir o impacto financeiro aos consumidores. Caso consigam colocar essas medidas em prática, o aumento na conta seria de 10,73% em 2022.
A crise hídrica se soma ao aumento do consumo de luz, causado pela retomada econômica. Em junho, o consumo total de energia no Brasil cresceu 12,5% em relação ao mesmo período de 2020, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
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Impacto para os consumidores
No final de junho, a Aneel reajustou o valor da bandeira tarifária vermelha 2 em 52% e a cobrança extra passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos. Este custo adicional é aplicado às contas de luz quando aumenta o custo de produção de energia, o que acontece quando falta água nos reservatórios.
Segundo a diretora da Aneel, Elisa Bastos, algumas das medidas excepcionais que são tomadas para controlar a escassez de energia hidrelétrica, como geração térmica mais cara e importação de energia de países vizinhos, levam ao aumento na conta de luz.
Para a diretora, a esperança no momento é a chegada de chuvas, além da reação do consumidor diante dos custos maiores e dos apelos de campanhas por uso consciente de energia.
Pressionado por esta alta nas contas de energia elétrica, em julho deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – a inflação oficial do país – acelerou a alta para 0,96%, após ter registrado taxa de 0,53% em junho, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A inflação do grupo habitação foi influenciada principalmente pela alta da energia elétrica (7,88%), que acelerou em relação a junho (1,95%) e registrou o maior impacto individual no IPCA de julho, respondendo sozinha por 0,35 ponto percentual da taxa do mês.
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