Continue lendo após a publicidade
Bolsonaro disse conversar com frequência com o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre o assunto. Argumentou ainda que a adoção do isolamento social como instrumento de prevenção à disseminação da Covid-19 por estados e municípios prejudicou a economia e consequentemente teve reflexos na inflação.
"Não queiram que o governo federal resolva tudo, não dá para resolver", disse o presidente em sua transmissão semanal ao vivo em redes sociais, ao comentar a alta de combustíveis.
"No mais, estamos tendo inflação? Sim. E é no mundo todo", afirmou.
Ao comentar o que chama de política do "fique em casa, a economia a gente vê depois", Bolsonaro argumentou que agora "chegou a conta".
"Querem que agora a gente faça milagre?", questionou. "Tenho conversado com o Paulo Guedes muito sobre esse assunto, algumas medidas estão sendo tomadas para combater a inflação."
Continue lendo após a publicidade
Dentre as providências de combate à inflação, o presidente citou a aprovação de projeto no Parlamento que conferiu autonomia ao Banco Central, que, por sua vez, na intenção de conter o avanço de preços, aumentou a taxa Selic. Também citou a participação da Caixa Econômica Federal no financiamento da agricultura familiar.
"Nós combatemos a inflação com mais produção. Não tem outro caminho", afirmou, descartando ainda medidas como congelamento de preços ou proibição de exportações.
A inflação oficial brasileira acelerou com força em julho e atingiu o nível mais alto para o mês em quase 20 anos, ainda sob intensa pressão dos preços da energia elétrica e levando a taxa acumulada em 12 meses a encostar em 9%, enquanto o Banco Central intensifica o aperto monetário.