(ANSA) - O presidente do Haiti, Jovenel Moise, foi assassinado por um comando armado dentro de sua própria casa na manhã desta quarta-feira (7).
A morte do chefe de Estado foi anunciada pelo primeiro-ministro interino Claude Joseph, que disse ter assumido o controle provisório do país e pediu "calma" à população.
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A primeira-dama Martine Moise também foi ferida e está hospitalizada. "O presidente foi assassinado em sua casa por estrangeiros que falavam inglês e espanhol", afirmou Joseph, garantindo que a polícia e o Exército vão manter a ordem. "A situação está sob controle", disse.
Originário do mundo empresarial, Moise tinha 53 anos de idade e governava o Haiti, país mais pobre das Américas, desde fevereiro de 2017. No entanto, ele vinha exercendo o cargo por decreto após o adiamento das eleições legislativas previstas para 2018 e em meio a uma disputa sobre quando termina seu mandato.
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Moise alegava que seu período no poder terminaria apenas em fevereiro de 2022, cinco anos após sua posse. O empresário havia vencido o primeiro turno das eleições em outubro de 2015, porém o pleito acabou anulado e repetido em novembro de 2016, quando Moise obteve 55,6% dos votos, conquistando o cargo sem necessidade de segundo turno.
No entanto, forças de oposição defendiam que o mandato do chefe de Estado terminou em fevereiro de 2021, já que o período de cinco anos contaria a partir de fevereiro de 2016, quando Jocelerme Privert assumiu como presidente interino para guiar o país até novas eleições.
Em fevereiro passado, Moise chegou a denunciar uma tentativa de golpe de Estado e a prender mais de 20 pessoas suspeitas de envolvimento no levante.
O mandatário teve uma série de primeiros-ministros ao longo dos últimos quatro anos, e o próprio Joseph seria substituído nesta semana, após três meses no cargo, por Ariel Henry, que teria a incumbência de organizar eleições gerais.
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O Haiti também tem previsto para setembro um referendo sobre uma reforma constitucional que abole o cargo de primeiro-ministro, instituindo um sistema presidencialista pleno, e abre a possibilidade de o chefe de Estado ter dois mandatos consecutivos - atualmente, é preciso respeitar um intervalo mínimo de cinco anos.
A reforma era apoiada por Moise, mas criticada por forças de oposição e organizações da sociedade civil. A atual Constituição haitiana, escrita em 1987, após o fim da ditadura de Jean-Claude Duvalier, o "Baby Doc", proíbe a realização de referendos para modificar a Carta Magna.
Além da crise política, o Haiti também vive uma epidemia de sequestros devido à crescente influência de gangues armadas e luta contra a pobreza crônica e recorrentes desastres naturais. (ANSA)
A morte do chefe de Estado foi anunciada pelo primeiro-ministro interino Claude Joseph, que disse ter assumido o controle provisório do país e pediu "calma" à população.
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A primeira-dama Martine Moise também foi ferida e está hospitalizada. "O presidente foi assassinado em sua casa por estrangeiros que falavam inglês e espanhol", afirmou Joseph, garantindo que a polícia e o Exército vão manter a ordem. "A situação está sob controle", disse.
Originário do mundo empresarial, Moise tinha 53 anos de idade e governava o Haiti, país mais pobre das Américas, desde fevereiro de 2017. No entanto, ele vinha exercendo o cargo por decreto após o adiamento das eleições legislativas previstas para 2018 e em meio a uma disputa sobre quando termina seu mandato.
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Moise alegava que seu período no poder terminaria apenas em fevereiro de 2022, cinco anos após sua posse. O empresário havia vencido o primeiro turno das eleições em outubro de 2015, porém o pleito acabou anulado e repetido em novembro de 2016, quando Moise obteve 55,6% dos votos, conquistando o cargo sem necessidade de segundo turno.
No entanto, forças de oposição defendiam que o mandato do chefe de Estado terminou em fevereiro de 2021, já que o período de cinco anos contaria a partir de fevereiro de 2016, quando Jocelerme Privert assumiu como presidente interino para guiar o país até novas eleições.
Em fevereiro passado, Moise chegou a denunciar uma tentativa de golpe de Estado e a prender mais de 20 pessoas suspeitas de envolvimento no levante.
O mandatário teve uma série de primeiros-ministros ao longo dos últimos quatro anos, e o próprio Joseph seria substituído nesta semana, após três meses no cargo, por Ariel Henry, que teria a incumbência de organizar eleições gerais.
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A reforma era apoiada por Moise, mas criticada por forças de oposição e organizações da sociedade civil. A atual Constituição haitiana, escrita em 1987, após o fim da ditadura de Jean-Claude Duvalier, o "Baby Doc", proíbe a realização de referendos para modificar a Carta Magna.
Além da crise política, o Haiti também vive uma epidemia de sequestros devido à crescente influência de gangues armadas e luta contra a pobreza crônica e recorrentes desastres naturais. (ANSA)