Um casal foi morto na noite de ontem enquanto comemorava um aniversário em uma choperia na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, vizinha a Ponta Porã (MS).
Em entrevista coletiva à imprensa local, Aníbal Franco, subchefe da polícia do município, informou que o homem, Luis Mateo Martínez Armoa, de 21 anos, morreu ainda no local. Já a namorada, Anabel Centurión Mancuello, de 21, chegou a ser levada a um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.
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Já na tarde de hoje, o jornal paraguaio ABC averiguou que Luis, que usava o nome de "Matheus Elefante" nas redes sociais, tinha acusações de roubo registradas em 2018 e 2019.
Ele também estava sendo investigado por participar de uma quadrilha ligada à venda de celulares furtados. Segundo o agente Hugo Díaz, do departamento de investigações de Amambay, responsável por investigar o crime, o grupo foi alvo de uma operação no domingo (25), com três de seus membros sendo presos.
O policial detalhou ainda que Luis recebeu 35 tiros, enquanto Anabel apenas um.
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Com a informação sobre os antecedentes da vítima masculina, os policiais também fizeram uma busca no apartamento em que ele vivia, em busca de mais evidências que pudessem levar aos autores do duplo homicídio.
Ainda segundo as entrevistas cedidas pelas autoridades locais, outras duas pessoas que estavam na choperia com o casal, um homem e uma mulher, também foram feridos pelos tiros. Ambos não tiveram o estado de saúde divulgado.
O agente Aníbal Franco também destacou em seu pronunciamento na noite de ontem que os criminosos deixaram um bilhete junto ao corpo de Luis Mateo, assinado pelos "justiceiros da fronteira" e com a frase "por favor, não roubar".
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Segundo a autoridade, as primeiras informações de testemunhas dão conta de que o homicídio foi cometido por "duas ou três pessoas que chegaram ao local em um carro cinza da marca Toyota". A polícia coletou imagens das câmeras de segurança do estabelecimento para tentar identificar suspeitos e encontrar o veículo utilizado.
Já o agente Hugo Díaz explicou que essa não é a primeira ação dos "justiceiros", que já haviam cometido crimes semelhantes há alguns meses, mas estavam em silêncio recentemente.
A suspeita da polícia é de que a suposta organização seja formada por ex-membros de outras facções criminosas.