quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Funcionários do Banco do Brasil decidem cruzar os braços nesta sexta



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Funcionários do Banco do Brasil programam para esta sexta-feira (29/1) um dia de paralisação nacional, em protesto às medidas de reestruturação recentemente anunciadas pela instituição. O governo quer fechar 112 agências e desligar 5 mil funcionários.

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O presidente Jair Bolsonaro chegou a avaliar demitir o presidente do banco, André Brandão, devido à repercussão da medida, mas recuou após pedido do ministro da Economia, Paulo Guedes.

A decisão de fazer uma paralisação de 24 horas, nesta sexta-feira, foi tomada na última segunda (25/1) em assembleia virtual de funcionários do banco. Segundo nota do Sindicato dos Bancários de Brasília, os trabalhadores cruzarão os braços durante um dia, em manifestação à proposta de reestruturação da instituição. Uma das principais críticas dos funcionários é a redução salarial de até 40%.



O presidente do Sindicato, Kleytton Morais, disse ao Metrópoles que a paralisação vai envolver todos os estados.

“A perspectiva é de revertermos essa desestruturação com fechamento de agências e demissão em massa, principalmente com a evolução da entrada em cena também de atores sociais e políticos, em defesa do Banco do Brasil, como instituição pública indissociável da vida dos brasileiros e do processo de desenvolvimento do nosso país”, pontua Morais.

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Essa paralisação faz parte de um calendário nacional de luta contra a privatização do banco. “Temos como objetivo avisar toda a população que vai ficar desassistida dos serviços bancários, uma vez que vários municípios brasileiros têm apenas a nossa agência em operação. Isso obriga o pequeno agricultor, por exemplo, a andar dias e mais dias em busca de uma operação”, completou o sindicalista.

O BB informou ao mercado a decisão sobre a reestruturação no último dia 11 de janeiro. A medida, de acordo com o banco, visa ganhos de eficiência operacional. A estimativa é economizar R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões, até 2025. Uma das metas da instituição é reduzir as agências físicas e reforçar a sua presença digital. O banco tem hoje 22 milhões de clientes digitais e quer conquistar mais 5,5 milhões em 2021. As medidas levantaram suspeitas de que o banco se prepara para uma privatização, mas o presidente Jair Bolsonaro já disse diversas vezes que isso não ocorrerá em seu governo.


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