É preciso ter em mente que a atividade física, quando
desacompanhada de profissional médico e de educação física, é prejudicial à
saúde. As consequências vão desde lesões musculares, esqueléticas e
cardiovasculares até a morte súbita.
O empresário Vinicius Freire, de 38 anos, é viciado em exercício e coleciona lesões de práticas sem acompanhamento profissional. A mais recente foi uma inflamação no joelho — ele já teve até que retirar a veia safena da perna. Em seu auge, fazia seis horas de atividades diárias. “Passamos por um momento na vida em que fazemos tudo o que queremos e ‘nos achamos’. Exercício físico é viciante, tem a questão da adrenalina, da conquista. Não acreditamos que vai acontecer um problema com a gente, mas acontece”, disse.
O empresário Vinicius Freire, de 38 anos, é viciado em exercício e coleciona lesões de práticas sem acompanhamento profissional. A mais recente foi uma inflamação no joelho — ele já teve até que retirar a veia safena da perna. Em seu auge, fazia seis horas de atividades diárias. “Passamos por um momento na vida em que fazemos tudo o que queremos e ‘nos achamos’. Exercício físico é viciante, tem a questão da adrenalina, da conquista. Não acreditamos que vai acontecer um problema com a gente, mas acontece”, disse.
Não existe receita para a dosagem de exercícios. A recomendação
é três a cinco vezes por semana, uma hora por dia. Mas em geral a carga é
definida em avaliação ortopédica, cardiovascular e física. O presidente do
Conselho Regional de Educação Física do Rio de Janeiro e Espírito Santo
(Cref1), André Fernandes, explica que muitas vezes o exagero é na intensidade.
“Uma pessoa desacostumada que resolve correr por muito tempo
pode ter sobrecarga, lesão cardíaca ou até morte súbita. Ou as pessoas fazem
atividade leve demais, que não mostra resultado, ou fazem pesado demais. É
possível se machucar nos dois”, afirmou.
Apenas um profissional certificado de Educação Física pode
montar sua série, que tem que ser reavaliada regularmente. O ideal é intercalar
atividades de força, como a musculação, de resistência, como a corrida, e de
flexibilidade, como o alongamento. Para o ortopedista Eduarco Branco, do Into,
é importante não se comparar aos colegas da academia e sempre respeitar seu
limite. “Cuidado com as promessas milagrosas. O exercício é um remédio que, bem
usado, não custa nada e não faz mal”, disse.
Segundo o ortopedista Márcio Schiefer, membro da Sociedade
Brasileira de Artroscopia e Trauma do Esporte, quem está começando deve fazer
tudo de uma forma bem gradual. Isso inclui os que já estavam acostumados com
uma prática mas ficaram de molho por um tempo. “O aumento na carga e no número
de repetições tem que ser muito lento. Não é só fazer o exercício, o tendão tem
que ficar mais resistente. Para isso acontecer, são meses de atividade física
progressiva”, explicou.
Como se exercitar bem: alongamento e aquecimento
O cardiologista Pedro Mekhitarian, da Rede de Hospitais São
Camilo, de São Paulo, recomenda começar com uma caminhada, com passo acelerado
e ininterrupto, por 30 minutos em solo plano, fazendo alongamento antes e
depois. Esse tipo de exercício, chamado de aeróbico — categoria que inclui
também ciclismo e natação — é ideal para pessoas com problemas cardíacos.
“Quanto aos exercícios isométricos, como a musculação, devem sempre ser feitos
com cargas baixas. É preferencial que os exercícios aeróbicos sejam a
prioridade”, disse.
Para se exercitar bem, é essencial fazer aquecimentos. Cinco a
dez minutos já são suficientes. “Isso eleva a temperatura corporal e deixa o
seu músculo mais preparado para o que for exigido dele”, explica ortopedista
Rodrigo Rezende, do Hospital Rios D’Or.
Alongar-se deve ser uma prática diária que pode evitar dores.
“Uma boa elasticidade faz com que os seus tendões, os seus músculos e os seus
ligamentos tenham chances menores de lesão”, afirma Rezende.
Além de usar equipamentos adequados, é importante saber a
maneira certa de correr, chutar ou escalar. “Lapidar a postura exata para
executar uma técnica vai fazer toda diferença, inclusive aplicando isso para o
cotidiano”, explica o ortopedista.
PORTAL: MÍDIA NEWS
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