De repente dá aquela sensação de cansaço, dor no corpo, febre e depois de uns 2 dias surgem bolinhas vermelhas espalhadas pelo corpo. Será que é sarampo?
Há muitas causas para estas bolinhas vermelhas que “pintam” o corpo das pessoas. Algumas são mais altas e salientes, outras coçam, outras vem junto com pequenas “bolhas” de água. Podem ter muitas origens, dentre as quais se destacam as causas infecciosas e as alérgicas. Muitos vírus podem dar bolinhas vermelhas pelo corpo. Algumas bactérias também. Como saber se é sarampo?
Os primeiros sintomas do sarampo em geral começam com febre, que pode ser alta, dor de cabeça, dores pelo corpo, mal estar e irritação ocular, isto é, os olhos ficam vermelhos e com secreção. Ao exame físico, nesta fase, o médico pode identificar bolinhas brancas na mucosa oral, na parte interior das bochechas. São chamadas Sinal de Koplick e este sinal é bem característico do sarampo.
Na sequência surgem as pintinhas vermelhas, primeiramente no rosto, descendo depois para o tronco e posteriormente para os membros. Com a evolução da doença, muitas destas pintinhas se juntam, isto é, confluem, formando placas vermelhas maiores. Estas pintinhas vermelhas do sarampo não coçam. Depois de uns 5-7 dias os sinais e sintomas vão se atenuando e a pessoa se restabelece.
Vírus resistente
O sarampo tem algumas características importantes. Primeiro, é altamente contagioso. Assim, você pode achar que não entrou em contato com ninguém com sarampo e por isso não vai pegar. Engano. O vírus é tão resistente e contagioso que se uma pessoa infectada tossir no ambiente, este vírus é capaz de permanecer viável no ar por um período de mais ou menos 2 horas, aguardando a próxima “vítima”. O grande problema é que uns 3 dias antes dos sintomas aparecerem a pessoa já está contagiosa. E ninguém sabe, nem a própria. Por isso, o vírus pode facilmente se disseminar neste período.
O sarampo não é uma doença simples. O principal problema são as complicações. Pode evoluir para uma pneumonia grave, que não raro causa insuficiência respiratória que, em muitos casos demanda o uso de aparelhos ventilatórios. Outra complicação grave é o acometimento do sistema nervoso central, que pode levar a um quadro de encefalite com graves sequelas.
Não custa lembrar que o sarampo não tem tratamento específico. A vacina é a melhor e mais segura forma de proteção.
Fonte: Blog da Doutora Ana Escobar/G1
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