Crimes que são cometidos sempre de maneira silenciosa e clandestina, longe das vistas e dos ouvidos das pessoas, e em decorrência disso, faz com que a mera palavra da vítima seja suficiente para iniciar a investigação policial, o processo penal e embasar uma condenação criminal, além de não deixarem vestígios materiais que possam comprovar a prática delituosa.
A síndrome da mulher de Potifar
Potifar foi um personagem bíblico importante que tinha um escravo chamado José que cuidava de seus bens, certo dia, a mulher de Potifar se viu atraída pelo escravo, querendo ter com ele relações sexuais, no que foi rejeitada por José.
Ao ser rejeitada, a mulher de Potifar, por vingança armou para o escravo. Quando este entrou em casa foi agarrado e teve suas vestes arrancadas pela mulher que começou a gritar alegando que o escravo José havia lhe estuprado. Quando Potifar chegou, sua mulher contou-lhe a mentira e ordenou que José fosse preso.
Alienação parental
Distúrbio mental provocado pelo término de uma relação afetiva, de modo conturbado, acontece quando a mulher não aceita o fim do relacionamento e, apenas por vingança, acusa o ex-marido ou o amante de abusos contra os filhos menores, fazendo falsas denúncias de crimes para as autoridades, pondo os filhos contra o ex-marido, influenciando-os a falar mentiras inventadas pela mãe.
Figuras mais comuns do que se parece – com o advento da Lei nº 12.015/2009, que juntou a tipificação dos artigos 213 e 214 do Código Penal, as condutas de estupro e atentado violento ao pudor, a Síndrome da mulher de Potifar e a Alienação Parental ganharam força ordenamento jurídico, já que o crime de estupro passou a não exigir em todas as suas modalidades a conjunção carnal para se configurar, e na maioria dos casos, não deixam vestígios materiais para a comprovação da conduta.
Calúnia, denunciação caluniosa e o caso Neymar
Previstos nos artigos 138 e 339 do Código Penal, os crimes de calúnia e denunciação caluniosa, respectivamente, entram em cena quando casos como o de Neymar são expostos ao público.
A pergunta que fica é: como combater casos como o da Síndrome da Mulher de Potifar e da Alienação Parental? Muitos são trazidos à tona, apenas por causa da mídia e das redes sociais.
O julgamento, a condenação imediata e a busca social por vingança vêm crescendo de forma alarmante na sociedade moderna. As pessoas acreditam na primeira coisa que lhes vem aos olhos, não buscam saber qual é o outro lado da moeda, a demora na solução de casos como esse, a impunição e a insegurança jurídica vêm contribuindo de forma vital para o crescimento desses sentimentos, estamos vivendo tempos sombrios e perigosos.
Fonte: Canal Ciências Criminais
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