Reflexão sobre o atual momento político e confraternização marcaram o clima da sessão especial em homenagem aos 67 anos da APLB-Sindicato, realizada na tarde desta quinta-feira (25 de abril de 2019), no Auditório Jorge Calmon, da Assembleia Legislativa da Bahia. A deputada estadual Fabíola Mansur (PSB), proponente da iniciativa, presidiu a sessão, que destacou a trajetória política da APLB em defesa da educação pública, de qualidade e socialmente referenciada, da democracia, e dos direitos dos trabalhadores e do povo brasileiro.
Os discursos de todos os participantes, além dos destaques à trajetória de lutas da APLB e sua importância como uma das maiores e mais atuantes entidades sindicais da Bahia e do Brasil, foram permeados pela análise da atual conjuntura política, marcada pelo retrocesso e sucessivos ataques aos direitos dos trabalhadores.
Todos os que se pronunciaram na sessão solene chamaram a atenção para o importante papel das entidades do movimento social na mobilização dos trabalhadores e de todo o povo contra as medidas regressivas do governo Bolsonaro, que quer acabar com direitos dos trabalhadores, especialmente a aposentadoria, com a nefasta reforma da Previdência, em tramitação na Câmara Federal.
Em sua saudação, a deputada Fabíola Mansur parabenizou a história da APLB-Sindicato e alertou a todos para a necessidade de continuidade e fortalecimento da luta. ”Estamos aqui para celebrar 67 anos de glórias, de conquistas, de vitórias, mas, diante do cenário de retrocessos, quero conclamar a todos para uma grande aliança, um pacto pela educação de qualidade e a valorização da profissão mais importante de todas, que são vocês professores”
O professor Rui Oliveira, coordenador-geral da APLB-Sindicato, fez um breve panorama sobre a trajetória política e organizacional da APLB, destacando o seu tamanho e capilaridade, “com 100 mil filiados e presença em quase todos os municípios do estado da Bahia” e ao mesmo tempo ressaltando a importância da parceria com um grupo de sindicatos de servidores púbicos estaduais, com os quais a APLB tem realizado ações coletivas em defesa dos direitos do funcionalismo estadual.
“Nossa luta fundamental agora é contra a reforma da Previdência. Temos que entender a dimensão dos prejuízos que vamos ter se essa reforma passar: o primeiro prejuízo político é o desmonte do sistema chamado Previdência Pública; o segundo é o acirramento da luta entre capital e trabalho, que tem como objetivos o enriquecimento dos bancos, o enfraquecimento dos movimentos sociais, e trabalhadores sem nenhum direito, reféns desta concepção ultraliberal de exploração dos oprimidos”, discursou o dirigente sindical.
Para o dirigente da APLB, a discussão da reforma da Previdência vai além da dimensão político partidária. “Nós teremos nossos salários reduzidos, não teremos mais empregos, não teremos mais Previdência, nossos filhos não terão mais futuro. Portanto, é uma discussão de sobrevivência e cidadania e a APLB comemorou com muito orgulho o seu aniversário ontem com luta na rua. É preciso que o povo se levante e vá pra rua, porque é só assim que poderemos derrotar esta reforma”, advertiu.
Durante a sessão, o coordenador geral da APLB, Rui Oliveira, e a vice coordenadora, Marilene Betros, foram homenageados por dirigentes das regionais, com placa comemorativa e buquê de flores, respectivamente. A programação incluiu ainda apresentações da cantora e compositora Alice de Sanaiá e do violinista Toni Cordeiro, que executaram o Hino Nacional Brasileiro na abertura; performance de dança com a arte educadora Giselia; homenagem do cantor e compositor Adailton Poesia, que cantou um samba reggae com letra que exalta a atuação sindical da APLB. Teve ainda a exibição de vídeo com depoimentos de parlamentares outras personalidades baianas saudando a APLB pelo aniversário e pela história de luta.
Além do professor Rui Oliveira e da deputada Fabíola Mansur, também compuseram a mesa, o secretário Davidson Magalhães, da Setre, Martiniano Costa, vice-presidente da Executiva Estadual do PT, Pascoal Carneiro, presidente da CTB, Sirlene Assis, presidente da Unegro, o vereador Cristiano, da regional Sertaneja, a professora Dilma Santana, da regional Centro oeste, a professora Célia, da regional Metropolitana, Maria do Rosário Muricy, da Superintendência de Recursos Humanos da Educação, que representou o secretário Jeronimo Rodrigues, Marivaldo Dias, da Serin e Diogo, da Saeb.
A sessão solene foi encerrada com a execução do Hino ao Dois de Julho, pela cantora Alice, acompanhada por Toni ao violão. Em seguida, os convidados se reuniram no foyer, onde foi servido o bolo de aniversário em clima de confraternização.Fonte APLB Sindicato
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