(Fotos cedidas pela organização) |
O principal objetivo desta campanha é conscientizar a população em geral sobre a importância de ser doador de órgãos e incentivar o cidadão a declarar para seus familiares e amigos a intenção de ser um doador, com o intuito de ajudar a milhares de pessoas que lutam por uma oportunidade de salvarem as suas vidas.
A campanha "Setembro Verde" criada pelo cirurgião cardiovascular José Lima Oliveira Júnior, integrante da Comissão de Remoção de Órgãos da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos , pelo Ministério da Saúde e pelas Secretarias Estaduais de saúde, através da LEI Nº 15.463, de 18 de Junho de 2014, que Instituiu o mês da doação de órgãos, denominado “Setembro Verde"
A campanha lembrará principalmente o Dia Nacional da Doação de Órgãos, comemorado em 27 de setembro.
Durante todo o mês, o Ministério da Saúde e ONGs realizam ações para conscientizar sobre a importância da doação de órgãos. O "Setembro Verde" lembra que, no Brasil, cerca de 30 mil pessoas aguardam transplante, segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).
Para se tornar um doador de órgãos, basta comunicar sua família. A doação só ocorre com autorização dos parentes mais próximos. Por isso, ressaltamos a importância das pessoas conversarem com seus familiares e expressarem o desejo de se tornarem doadores após a morte.
Atualmente, a negativa familiar é o principal motivo para a não doação. Podem ser doados rins, coração, pulmões, fígado, pâncreas e também tecidos, como ossos, tendões, pele, córneas e valvas cardíacas. Ou seja, um único doador pode salvar até oito vidas.
O que é.
A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas. A doação pode ser de órgãos ( rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos, (córnea, pele, ossos, válvula cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue do cordão umbilical).
Quais e quantas partes do corpo humano podem ser doadas para transplantes?
Rins, pulmões, córneas, válvulas cardíacas, coração, pâncreas e fígados são frequentemente doados. Além destes, temos a doação de intestino delgado, pele e ossos ou até mesmo uma parte completa (mão e face).
Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador vivo?
Rim: por ser um órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins e tanto o doador quanto o transplantado,pode levar um vida perfeitamente normal.
Medula Óssea: Pode ser obtida por meio de aspiração óssea direta oupela coleta de sangue.
Fígado e Pulmão: poderão ser doadas partes destes órgãos.
Qual a chance de sucesso de um transplante?
As chances são altas. Mas o sucesso depende de inúmeros fatores como, por exemplo, o tipo de órgão a ser transplantado, a causa da doença e as condições de saúde do paciente, entre outras. Existem pessoas que fizeram transplante de órgãos há mais de 25 anos,tiveram filhos e levam hoje uma vida ativa e normal.
Por que é difícil doar órgãos?
Existe um desconhecimento geral sobre quem pode doar e o que pode ser doado. Isso dificulta a doação. Desta forma, a maneira correta é procurar esclarecimento e discutir sobre o assunto. Pode ser muito difícil discutir isso com seus familiares e amigos, mas é necessário. Qualquer que seja sua vontade ou desejo, após esclarecer suas dúvidas, é muito importante que sua família saiba disso.
Como devo proceder se quiser ser doador?
A atitude mais importante é informar esse desejo a seus familiares uma vez que, após sua morte, eles decidirão sobre a doação.
Quando se pode doar?
A doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida. Para a doação de órgãos de pessoa falecidas, somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica. Tipicamente, são pessoas que sofreram algum tipo de acidente que provocou um traumatismo craniano ( acidente de carro, moto, queda etc.) ou acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica.
O que é morte encefálica?
É a interrupção irreversível das atividades cerebrais, causada mais frequentemente por traumatismo craniano, tumor ou derrame.
Como o cérebro comanda todas as atividades do corpo, quando este morre, significa a morte do indivíduo.
Há chances de os médicos errarem no diagnóstico de morte encefálica?
Não. O diagnóstico é realizado por meio de exames específicos e pela avaliação de dois médicos – sendo um deles neurologistacom intervalo mínimo de 6 horas entre as duas avaliações. Além disso, é obrigatória a confirmação do diagnóstico por, pelo menos, um dos seguintes exames: angiografia cerebral, cintilografia cerebral,transcraniano ou eletroencefalograma.
Como fazer a doação no momento da morte de um familiar?
Um dos membros da família pode manifestar o desejo de doar os órgãos e tecidos ao médico que atendeu o paciente ou a comissão intra hospitalar de doação de órgãos e tecidos do hospital; pode também entrar em contato com a Central de Transplantes, que tomará todas as providencias necessárias.
Quem paga pelos procedimentos de doação?
O SUS ( Sistema Único de Saúde ).
Quem pode doar em vida?
O “doador vivo” é considerado uma pessoa em boas condições de saúde – de acordo com a avaliação médica – capaz juridicamente e que concorde com a doação.Pela Legislação Brasileira (LEI Nº 10.211, DE 23 DE MARÇO DE 2001),podem ser doadores em vida os: pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos, o cônjuge e ainda, os não parentes com autorização judicial.