Texto Esdas Pedreira-Foto divulgação
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Aos 79 anos de idade, o macajubense Edson Barreto Silva faleceu na noite de 24, de junho de 2017. Primogênito do casal Hilarino de Oliveira (Stela Barreto) Silva (falecidos.) Dono de uma oratória eloquente, desde cedo se destacava pela inteligência. Cursou o primário na secular escola Dr. Joaquim Inácio Tosta e o ginásio no Colégio Cenecista de Macajuba. Cursou Secretariado Executivo na Faculdade de Montes Claro-MG; e o curso de leitura Dinâmica na escola Federal de Formação de Capitação de Pessoal do Congresso Nacional em Brasília.
A trajetória de vida de Edson Barreto Silva foi feita de superação. Aos 14 anos de idade, aprendeu o código Morse e foi trabalhar como telegrafista contratado pelo DCT- Departamento de Correios e Telégrafos- nas cidades de Macajuba, Cachoeira e Itambé. Com o término do contrato mudou-se para Salvador onde serviu o Exército e lá aprendeu Radiotelegrafia. Após passar um ano e nove meses na caserna, trabalhou com “caixeiro” em uma Padaria e Pastelaria Italiana, em Salvador onde chegou a gerenciar o estabelecimento. Após um bom período em Salvador, retornou ao interior e se estabeleceu como comerciante em Itaberaba.
Ao regressar a sua terra natal, ingressou na política filiando-se a União Democrática Nacional- UDN- partido político de sustentação ao governo e pelo qual foi eleito vereador, mantendo o mandato por 18 anos. Foi chefe do recadastramento Rural do INCRA e trabalhou por esta instituição nos estados do Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte e em Minas Gerais, precisamente no Triangulo Mineiro. Retornou a cidade natal onde continuou exercendo suas funções no INCRA por mais 14 anos, quando foi extinto. Acumulou o cargo de escrivão de Polícia e de vereador.
Com a instalação da Comarca de Macajuba na década de 60, foi nomeado pelo Governador Lomanto Júnior, Tabelião de Notas e, designado pelo Tribunal de Justiça de Bahia para atuar no município como (Rábula) advogando na Vara Crime, onde atuo em vários processos, inclusive naquele que mais o empolga que foi a libertação dos irmãos Minam e Antônio Bala Seca, libertando-os da prisão.
Com a demissão do Tabelionato, abriu seu próprio escritório político e advocatício, até que em 1982 candidatou-se a prefeito do município, perdendo a eleição por sete votos nominais, culminando com 103, face naquela época, computar os votos em branco em favor daquele que tivesse mais votos nominais.
Em 1983 foi nomeado auditor fiscal da EBAL onde atuou por cerca de oito anos, até ser nomeado gerente pessoal da Secretaria de Administração sendo designado para trabalhar na Fundação Cultural do Estado da Bahia e pouco meses depois foi nomeado assessor político do governador João Durval onde permaneceu até ser nomeado ser nomeado gerente de Serviço da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia onde se aposentou.
Aposentado foi convidado pelo auditor fiscal prefeito de Itaparica Raimundo Sacramento para exercer o cargo de Secretário de Administração e Finanças daquela Prefeitura onde permaneceu até 2005. De volta a Macajuba passou a cuidar de sua vida pessoal, apoiando política o saudoso prefeito Fernão Dias de Ramalho Sampaio dirigindo os desígnios de nossa terra.
Em 1968 iniciou uma união estável com a professora Terezinha Matos Marques com quem viveu por 42 em plena harmonia, tiveram três filhos e criaram sete sendo quatro que ela levou do seu primeiro casamento, construindo assim um só família.
A Vida pessoal desse macajubense foi marcada de fatos que engrandecem a nossa terra como um todo. Em 1995 ingressou na Maçonaria filiando-se a Loja União e Justiça número 49 onde após galgar o grau três de mestre maçom foi venerável por três anos consecutivos. Resolveu estudar filosofia maçônica e de grau em grau galgou o maior grau do Rito Escocês Antigo e Aceito o 33. Faleceu em sua terra, no Hospital Julieta Sampaio (sua madrinha). Exerceu vários cargos na Inspetoria Maçônica Regional da Bahia. Foi presidente da Loja de Perfeição Marques de Abrantes, presidente da Loja Cavaleiros Eleito dos Noves (Inefáveis grau 9) Primeiro Vigilante dos Autos Corpos. Faleceu em pleno exercício no cargo de Secretário do Conselho de Mestres. Este foi o homem, o cidadão, Barreto Silva, que honrou a sua terra!
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