Ao retornar ao legislativo depois de 27 anos vereador de Macajuba ameaça ajuizar a eleição da Mesa que não usou o critério da proporcionalidade

(Everaldo Macêdo na solenidade de posse, Fotos cedidas pelo edil)

Ativista político do mais combativos, o presidente do diretório municipal do partido dos trabalhadores em Macajuba, está de volta ao legislativo do município, 27 anos depois da sua passagem pela casa do povo.

Polêmico e intransigente nas suas convicções, ele retorna mais amadurecido e com outros propostos.

Ameaçou ajuizar a eleição da Mesa que não usou o critério da proporcionalidade. Em seu primeiro pronunciamento ele agradeceu a Deus e aos seus familiares e amigos, mandou um abraço especial para seus filhos André, Teka e Denise, além dos netos. Eis na integra o pronunciamento do único vereador petista no legislativo.

“Senhor Presidente, Senhores Vereadores e Senhora Vereadora. 

 

Quero saldar todos meus familiares, amigos companheiros e companheiras de lutas, que me ajudaram direto e indiretamente. 

Este é um momento especial na minha vida. Especial como político e como cidadão.

Chego á maturidade, olho para trás e vejo que as razões para me orgulhar de mim mesmo, sem vaidade e sem arrogância, são mais fortes do que os meus erros e os meus tropeços, próprios da minha condição humana.

Quem nunca errou que atire a primeira pedra, como disse Jesus Cristo.

Olho para trás me vejo criança da roça, filho de agricultores, sem as mesmas oportunidades para subir na vida como as outras crianças nascidas em famílias ricas e remediadas.

Desde cedo, ainda na idade de brincar, conheci o trabalho pesado do homem do campo da labuta com os animais da enxada e da foice, e a dor das percas que a gente nunca esquece da minha mãe, do meu irmão e meu pai que me deixou e a meus irmãos num buraco de sofrimento sem fundo e sem fim.

Estudei pouco. Fui forçado como muitos conterrâneos a cair no mundo em busca da nossa SOBREVIVÊNCIA. Passei por muitas necessidades. Sofri, mas aprendi com a vida, sem nunca ter perdido a minha dignidade ou feito concessão à desonestidade.

Criei meus filhos sob os valores do trabalho, da franqueza da humanidade e da lealdade. Hoje eles são meu maior troféu e minha maior alegria de vida.

Que quero mais, além de saúde? Não quero riqueza, isso me basta! Venci! Vivo do meu trabalho, ando de cabeça erguida e durmo com a consciência tranquila.

No terreno político, o poder nunca me seduziu. Desde cedo aprendi a me defender, defender minha família nosso, povo nosso país e a nossa Pátria, assumi a causa dos pobres, dos explorados e dos enganados pelos políticos. Nunca fiz da política uma forma de subir na vida.

Por isso mesmo, a minha luta sempre foi dura. Caiu sobre mim uma campanha sistemática de calúnias e difamações. Um verdadeiro linchamento moral, com o objetivo de desgastar a minha imagem pública, quebrar as minhas forças e perpetuar o domínio ditatorial e a corrupção no nosso Município.

Resisti com a mesma disposição e coragem com que ajudei a combater a Ditadura Militar. Afinal, sou democrata socialista por convicção e não se pode ser democrata pela metade. Democracia não é só um regime político. É uma filosofia de vida, que se prega e se pratica na nossa própria casa, na nossa comunidade, no nosso Município no Brasil e no mundo. Temos o dever de sermos coerentes.

Sempre fui homem de partido e de grupo, aprendi viver e coletividade. Não me seduz o personalíssimo e o individualismo e os holofotes. Só acredito no trabalho coletivo, de ajuda mútua, com crítica e autocrítica, com erros e correções de rumos, para se chegar a uma construção coletiva, em benefício da melhoria de vida de toda comunidade.

Não sou contra o rico e a riquezas, porque toda riqueza que decorre do trabalho honesto é um bem para a sociedade. Sou contra a ganância, a exploração do trabalho alheio e o ganho fácil, especialmente o ganho pela corrupção, que hoje é a maior e mais perversa doença do nosso País. Sou a favor do poder público dar prioridade em atender às necessidades dos mais carentes e necessitados.

Todos sabem que sou duro na luta, sou de guerrear quando se trata de defender os meus princípios e os meus valores. Mas, não faço política com ódio no coração. Faço com amor. Tenho as minhas mãos limpas, minha consciência tranquila e a minha vida aberta. Estou e estarei sempre pronto ao debate, mas não transijo com as minhas convicções: por favor, não me proponham barganhas ou desonestidades, porque essa não é a minha praia...

Depois de 27 anos, retorno pela vontade do povo a esta Casa. A consciência do dever é maior do que a vaidade de voltar, embora queira dizer um sincero muito obrigado a cada um que me confiou o seu voto,

Temos o papel importante de legislar, oferecendo uma reforma a nossa Lei Orgânica e o nosso Regimento Interno da Câmara de Vereadores, para modernizar a máquina administrativa do Município e torná-la mais eficiente, capaz de prestar melhor os serviços públicos que são do seu dever.

Mas, temos também o importantíssimo papel de FISCALIZAR esta mesma máquina pública para garantir os princípios constitucionais da moralidade, da impessoalidade, da transparência e da eficiência. Este papel é irrenunciável é o que o povo espera de cada um de nós, Vereadores.

Dentro destes princípios, estaremos abertos ao diálogo com o Executivo. Dentro destes princípios, não temos adversários e muito menos inimigos. Não vai adiantar as mentes doentias quererem me transformar em demônio do mal. Quem me conhece sabe o quanto isso é falso e mentiroso. Só não confundam diálogo com fraqueza, nem negociação política com apoio à demagogia e à corrupção.

Devo este mandato ao povo e só a ele devo lealdade e explicações. É hora de mudar a forma de fazer política aqui em Macajuba. É hora também de refletir sobre as palavras do Grande Papa Francisco:

“A luz do Natal é você, quando, com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade, consegue iluminar o caminho dos outros”... Por isso, agora, eu digo a todos senhores:

A luz da RECONSTRUÇÃO da Nossa Terra é cada um de nós, com trabalho, firmeza, seriedade, honestidade e sem ódio nos corações”.

Fonte: Everaldo Macêdo.



Da redação| Blog Deixa Comigo Macajuba (DCM)
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