(Animais mortos por raios no município de Mundo Novo) |
A reportagem do Blog Deixa Comigo Macajuba(DCM) trás uma matéria especial sobre raios.
Segundo o Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o verão é a época do ano em que mais estamos sujeitos a raios, sendo que 45% das ocorrências no Brasil são nessa estação do ano. "Anualmente, uma média de 133 pessoas morreram no país, nos últimos doze anos, em decorrência do fenômeno", registrou a revista Superinteressante em Janeiro do ano passado.
De acordo com a meteorologia esse ano de 2016 o números de raios será maior.
Após esse incidente no município de Mundo Novo na primeira semana de janeiro de 2016, muitas dúvidas sobre raios vieram à tona, inclusive o medo. Afinal, o que é mito e o que é verdade? Confira informações importantes sobre descargas elétricas
Como sobreviver à uma tempestade de raios: a maior parte das mortes causadas por raios acontece em decorrência da potência da descarga elétrica e não quando o raio atinge diretamente uma pessoa. Por isso, evite ficar exposto em lugar aberto, pois você pode ser o ponto mais alto e com isso receber uma descarga elétrica. Tendas ou árvores só te protegerão da chuva. A água é condutora de eletricidade, então não fique dentro nem perto d'água, no mar ou piscina, durante uma tempestade.
Os lugares mais seguros para ficar durante as tempestades: são dentro de casa ou de um prédio, desde que você fique longe das janelas ou portas, e também de condutores de energia, como telefones com fio (celular é seguro), canos e metais em geral, além de equipamentos eletrodomésticos, como TV ou ar condicionado, ligados. Durante uma tempestade, tire os aparelhos da tomada e fique longe do perigo até passar. Segundo o ELAT, 15% das mortes decorrentes de raios ocorrem com as pessoas dentro de casa. Carro também é uma opção segura. Isso porque a estrutura metálica do carro serve como isolante elétrico.
Raios, relâmpagos e trovões: são três coisas diferentes. Rais são uma descarga elétrica que ocorre entre as nuvens e o solo (ou entre uma nuvem e outra), em decorrência de sua polarização, que ocorre após ou antes uma tempestade. O relâmpago é o clarão, devido à rápida movimentação dos elétrons. Como eles se movem muito rápido, também se aquecem, gerando barulho, no caso, o trovão.
O Brasil é o país onde caem mais raios no mundo: os raios são mais comuns em locais de clima tropical. E dada a sua extensão territorial, é o Brasil o campeão mundial na incidência de raios, com cerca de 57,8 milhões de ocorrências por ano. E é mito pensar que eles caem longe de casa. Os cientistas do ELAT já verificaram o aumento das ocorrências nas grandes cidades, em relação às últimas décadas, devido ao aquecimento global e a urbanização.
Um raio pode cair mais de uma vez no mesmo lugar: como já constado no Rio de Janeiro, já que o ponto turístico Cristo Redentor é atingido todos os anos mais de seis vez.
Registro de raios no Rio de Janeiro. Foto: YASUYOSHI CHIBA/AFP |
Para calcular a distância de um raio com o som: basta contar o tempo em segundos, do momento em que ver a luz do relâmpago até quando ouvir o som do trovão. Divida esse número por três e o resultado será aproximadamente a quantos quilômetros o raio caiu.
Caso um raio atingir o avião em que você está: não acontece nada. A estrutura de metal da aeronave funciona como uma blindagem para quem está dentro. Igual aconteceria com um carro. Mesmo assim, em geral, os aeroportos fecham em condições climáticas adversas que podem comprometer a segurança dos passageiros.
Os raios podem ter participado do processo que originou a vida na Terra:segundo a revista Superinteressante, há 3 bilhões de anos, a atmosfera da Terra ainda estava em formação e os raios e relâmpagos eram bem mais intensos e eles podem ter sido eles os responsáveis pela quebra de moléculas de amônia, metano, hidrogênio e vapor d'água, o que gerou a formação dos primeiros aminoácidos.
Por vezes ficamos tão apavorados quando uma tempestade chega, que nem conseguimos pensar na melhor atitude a tomar neste momento.
Aqui estão algumas sugestões para você enfrentar este problema com mais segurança.
As 8 ações que você deve fazer dentro de casa:
1 – Não tome banho durante as tempestades.
2 – Não use chuveiro ou torneira elétrica.
3 – Evite contato com qualquer objeto que possua estrutura metálica, tais como fogões, geladeiras, torneiras, canos, etc.
4 – Evite ligar aparelhos e motores elétricos, para não queimar os equipamentos.
5 – Afaste-se das tomadas e evite usar o telefone.
6 – Desconecte das tomadas os aparelhos e eletrônicos tais como televisão, som, computadores, etc.
7 – Permaneça dentro de sua casa até a tempestade terminar.
8 – Desligue os fios de antenas dos aparelhos.
O que você deve fazer fora de casa.
Evite contato com cercas de arame, grades, tubos metálicos, linhas telefônicas, de energia elétrica e qualquer objeto ou estrutura metálica.
Afaste-se dos seguintes locais:
· Tratores e outras máquinas agrícolas;
· Motocicletas, bicicletas e carroças;
· Campos abertos pastos, campos de futebol, piscina, lagos, lagoas, praias, árvores isoladas, postes, mastros e locais elevados;
· Permaneça dentro de seu veículo caso o mesmo tenha teto de estrutura metálica.
As lendas sobre tempestades e raios:
A sabedoria popular, nem sempre tão sábia, criou uma série de noções falsas que podem levar à tragédia:
Lenda: Se não está chovendo não caem raios.
Verdade: Os raios podem chegar ao solo a até 15 km de distância do local da chuva.
Lenda: Sapatos com sola de borracha ou os pneus do automóvel evitam que uma pessoa seja atingida por um raio.
Verdade: Solas de borracha ou pneus não protegem contra os raios.
No entanto, a carroceria metálica do carro dá uma boa proteção a quem está em seu interior; sem tocar em partes metálicas.
Mesmo que um raio atinja o carro é sempre mais seguro dentro do que fora dele.
Lenda: As pessoas ficam carregadas de eletricidade quando são atingidas por um raio e não devem ser tocadas.
Verdade: As vítimas de raios não “dão choque” e precisam de urgente socorro médico, especialmente reanimação cardio-respiratória.
Lenda: Um raio nunca cai duas vezes no mesmo lugar.
Verdade: Não importa qual seja o local ele pode ser atingido repetidas vezes, durante uma tempestade. Isto acontece até com pessoas.
O guarda florestal norte-americano Roy Sullivan foi atingido sete vezes durante sua vida.
Sofreu pequenas queimaduras, contusões, tombos e roupas rasgadas.
Hoje, aposentado, Roy mora numa casa reboque com um pára-raios em cada quina.
Cuidado com as cercas
Elas podem ser isoladas das edificações e aterradas nesses pontos.
Em locais de circulação de pessoas e animais as cercas devem ser seccionadas e aterradas em intervalos regulares.
Essas recomendações aplicam-se também a varais longos e ou que estejam em contato com edificações.
O aterramento sempre deverá ser feito utilizando-se hastes próprias para o mesmo.
O gado que tocar a cerca funcionará como fio terra, conduzindo a corrente da cerca até o solo, que passará pelo seu corpo, podendo provocar a morte do animal.
Por este motivo e importante descarregar a eletricidade estática acumulada nos arames da cerca através de aterramento.
Cerca Paralela à Rede de Distribuição Rural.
No caso do paralelismo situado ate 30m da rede, a cerca deverá ser aterrada e seccionada a cada 250 metros.
Cerca Transversal à rede de Distribuição Rural.
O aterramento e o seccionamento deverão localizar-se próximo ao limite da faixa de segurança.
Aterramento das cercas
O aterramento das cercas deve ser feito a pelo menos cada 40 metros, interligando os arames da cerca entre si e ligando o arame de interligação a uma haste ou malha de aterramento.
Para reduzir a eletricidade acumulada é conveniente secionar a cerca a cada dois ou três aterramentos.
A figura abaixo mostra como deve ser feito este secionamento que pode ser realizado de três maneiras:
– Utilizando isoladores especiais;
– Utilizando pedaços de madeira de 30 a 50 cm, fixando os arames de interligação e aterramento em suas extremidades.
– Interrompendo a cerca pôr dois mourões afastados de 30 a 50 cm e aterrando cada trecho no mourão correspondente.
O estado de conservação das hastes deve ser verificado periodicamente (2 a 3 anos), pois pode haver corrosão e o arame de aterramento ficar solto.
O aterramento das cercas deve ser feito a pelo menos cada 40 metros, interligando os arames da cerca entre si e ligando o arame de interligação a uma haste ou malha de aterramento.
Para reduzir a eletricidade acumulada é conveniente secionar a cerca a cada dois ou três aterramentos.
A figura abaixo mostra como deve ser feito este secionamento que pode ser realizado de três maneiras:
– Utilizando isoladores especiais;
– Utilizando pedaços de madeira de 30 a 50 cm, fixando os arames de interligação e aterramento em suas extremidades.
– Interrompendo a cerca pôr dois mourões afastados de 30 a 50 cm e aterrando cada trecho no mourão correspondente.
O estado de conservação das hastes deve ser verificado periodicamente (2 a 3 anos), pois pode haver corrosão e o arame de aterramento ficar solto.
Texto baseado em especialistas, Redação| Blog Deixa Comigo Macajuba(DCM)
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