Maria Clara e Maria Eduarda, de 5 meses, passaram por cirurgia há um mês.
Pais comemoram recuperação e vão levá-las ao shopping: 'Dois troféus'.
Pais comemoram recuperação e vão levá-las ao shopping: 'Dois troféus'.
Maria Clara e Maria Eduarda se recuperam bem de cirurgia e poderão passear (Foto: Fernanda Borges/G1)
As siamesas separadas Maria Clara e Maria Eduarda de Oliveira Santana, de 5 meses, têm muitos motivos para comemorar nesta segunda-feira (12) o Dia das Crianças. Após enfrentarem uma cirurgia que as deixou independentes, elas se recuperam bem e vão aproveitar a data passeando, pela primeira vez, em um shopping de Goiânia.
“Elas só ficam presas desde que nasceram e vai ser muito bom poder ver gente. Elas vão amar e eu estarei exibindo os meus dois troféus”, contou ao G1 a mãe das meninas, a dona de casa Denise Borges de Oliveira, de 20 anos.
As siamesas separadas Maria Clara e Maria Eduarda de Oliveira Santana, de 5 meses, têm muitos motivos para comemorar nesta segunda-feira (12) o Dia das Crianças. Após enfrentarem uma cirurgia que as deixou independentes, elas se recuperam bem e vão aproveitar a data passeando, pela primeira vez, em um shopping de Goiânia.
“Elas só ficam presas desde que nasceram e vai ser muito bom poder ver gente. Elas vão amar e eu estarei exibindo os meus dois troféus”, contou ao G1 a mãe das meninas, a dona de casa Denise Borges de Oliveira, de 20 anos.
Para a mãe, agora que as filhas estão separadas, é possível sonhar com um futuro promissor para as duas. “Queremos que elas estudem e se tornem médicas, pois assim poderão salvar a vida de outras crianças, como salvaram a delas. Temos certeza de que elas ficarão muito emocionadas sempre que a gente relembrar tudo o que elas enfrentaram, ainda tão pequenas”, afirmou Denise.
As irmãs passaram pela cirurgia de separação no último dia 9 de setembro, no Hospital Materno Infantil (HMI). Elas permaneceram alguns dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e receberam alta no dia 30. Desde então, estão com a mãe e o pai, o servente Caíque Santana, na Casa do Interior de Goiás.
Uma equipe de enfermagem do HMI vai ao local constantemente para a troca de curativos. Maria Clara, que ficou mais debilitada após a separação, ainda se recupera dos pontos no abdômen. Já Maria Eduarda praticamente está com a região cicatrizada. No entanto, ainda não há previsão de quando serão liberadas para voltarem para a casa, no Bairro Valéria, em Salvador, na Bahia.
O pai diz que está ansioso por esse dia: “Não vemos a hora de poder ir para casa, pois apenas a minha mãe esteve aqui e já viu as duas separadas. Tenho certeza que todos vão fazer a maior festa quando a gente chegar, cada um com uma delas no colo. Vai ser maravilhoso”, afirmou Caíque.
Denise conta que as meninas são muito tranquilas e dormem a noite inteira. “A gente só tem que agradecer a Deus e à equipe do HMI, pois elas nem parecem que foram operadas há apenas um mês. Como elas ainda são molinhas, precisamos ter mais cuidado na hora de segurá-las. Mas fora isso, elas não dão trabalho”, conta.
Já Caíque diz que agora está tudo mais fácil. “Antes era mais complicado, pois dependendo do jeito que a gente pegava podia machucá-las”, disse.
Segundo o pai, as gêmeas seguem muito apegadas. “Principalmente a Maria Clara, que é a mais séria. Quando ela percebe que a Maria Eduarda, a mais risonha, não está por perto, chora. Então até para dormir a gente coloca as duas no mesmo berço”.
Separação
As siamesas separadas precisam se alimentar com leites especiais para reforçar a imunidade. Maria Clara toma o Infatrini e Maria Eduarda o Aptamil. Sem condições financeiras para comprar os produtos, os pais pedem ajuda.
“Eu já estava desempregado antes delas nascerem e aí tive que vir para cá para que elas fizessem a cirurgias. Nesse período, estamos vivendo de doações. Por isso, mas uma vez, peço a quem puder que nos ajude”, pediu Caíque.
Além do leite, a família também aceita doações de fraldas e itens de higiene para as bebês. O material pode ser entregue na Casa do Interior de Goiás, que fica na Rua 3, nº 120, Setor Oeste, em Goiânia.
O pai, que também já trabalhou como ajudante de câmara fria, também está em busca de uma nova oportunidade de trabalho em Salvador. “A gente mora na casa do pai da Denise, mas precisamos ter um espaço adequado para as meninas. Por isso, assim que eu chegar lá, vou em busca de uma vaga, pois preciso trabalhar para sustentar minha família. Esse é o meu maior desejo”, concluiu.
As irmãs passaram pela cirurgia de separação no último dia 9 de setembro, no Hospital Materno Infantil (HMI). Elas permaneceram alguns dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e receberam alta no dia 30. Desde então, estão com a mãe e o pai, o servente Caíque Santana, na Casa do Interior de Goiás.
Uma equipe de enfermagem do HMI vai ao local constantemente para a troca de curativos. Maria Clara, que ficou mais debilitada após a separação, ainda se recupera dos pontos no abdômen. Já Maria Eduarda praticamente está com a região cicatrizada. No entanto, ainda não há previsão de quando serão liberadas para voltarem para a casa, no Bairro Valéria, em Salvador, na Bahia.
O pai diz que está ansioso por esse dia: “Não vemos a hora de poder ir para casa, pois apenas a minha mãe esteve aqui e já viu as duas separadas. Tenho certeza que todos vão fazer a maior festa quando a gente chegar, cada um com uma delas no colo. Vai ser maravilhoso”, afirmou Caíque.
Pais celebram recuperação e sonham que filhas se
tornem médicas (Foto: Fernanda Borges/G1)
Apegadas
tornem médicas (Foto: Fernanda Borges/G1)
Apegadas
Denise conta que as meninas são muito tranquilas e dormem a noite inteira. “A gente só tem que agradecer a Deus e à equipe do HMI, pois elas nem parecem que foram operadas há apenas um mês. Como elas ainda são molinhas, precisamos ter mais cuidado na hora de segurá-las. Mas fora isso, elas não dão trabalho”, conta.
Já Caíque diz que agora está tudo mais fácil. “Antes era mais complicado, pois dependendo do jeito que a gente pegava podia machucá-las”, disse.
Segundo o pai, as gêmeas seguem muito apegadas. “Principalmente a Maria Clara, que é a mais séria. Quando ela percebe que a Maria Eduarda, a mais risonha, não está por perto, chora. Então até para dormir a gente coloca as duas no mesmo berço”.
Separação
As meninas nasceram no dia 24 de abril deste ano, unidas pelo abdômen e compartilhando o fígado e uma membrana cardíaca. Em 14 de julho, eles chegaram a Goiânia para iniciar o tratamento. A cirurgia de separação foi realizada no último dia 9 e durou cerca de seis horas.
Segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que liderou a equipe formada por 11 médicos, a parte mais complicada da operação foi a separação do fígado. “O procedimento foi de alto risco, pois envolve o fígado que é muito espesso e, por isso, o sangramento é maior. Mas usamos um novo equipamento, que é um bisturi harmônico, que queima a frio e não deixa dar tanto sangramento”, esclareceu.
Agora, Calil diz que as meninas estão indo muito bem, mas só devem ser liberadas depois de uma consulta com um cardiopediatra. “Elas precisam dessa avaliação para nos certificarmos que está tudo bem com os coraçõezinhos delas, mas elas nos surpreenderam com a rapidez da recuperação, estão até gordinhas”, explicou.
Segundo o cirurgião pediátrico Zacharias Calil, que liderou a equipe formada por 11 médicos, a parte mais complicada da operação foi a separação do fígado. “O procedimento foi de alto risco, pois envolve o fígado que é muito espesso e, por isso, o sangramento é maior. Mas usamos um novo equipamento, que é um bisturi harmônico, que queima a frio e não deixa dar tanto sangramento”, esclareceu.
Agora, Calil diz que as meninas estão indo muito bem, mas só devem ser liberadas depois de uma consulta com um cardiopediatra. “Elas precisam dessa avaliação para nos certificarmos que está tudo bem com os coraçõezinhos delas, mas elas nos surpreenderam com a rapidez da recuperação, estão até gordinhas”, explicou.
Gêmeas nasceram unidas pelo abdômen
(Foto: Divulgação/ HMI)
Para o cirurgião, esse resultado representa um orgulho muito grande. “Eu fico com a sensação de dever cumprido, pois é muito bom pegar um caso assim e ir até o fim. Também fico aliviado, pois a situação gerava uma expectativa muito grande na família, na imprensa e na sociedade como um todo. Apesar de ter sido um caso considerado simples no início, foi complexo”, afirmou.
O médico diz que, ao que tudo indica, as meninas não terão sequelas. “Tudo isso será devidamente confirmado com o passar do tempo, pois tudo depende do desenvolvimento de cada uma. Mas acho que qualquer problema que elas tiverem poderá ser revertido com o passar dos anos ou com tratamentos médicos. O mais complicado já passou”, comemora.
Ajuda
(Foto: Divulgação/ HMI)
Para o cirurgião, esse resultado representa um orgulho muito grande. “Eu fico com a sensação de dever cumprido, pois é muito bom pegar um caso assim e ir até o fim. Também fico aliviado, pois a situação gerava uma expectativa muito grande na família, na imprensa e na sociedade como um todo. Apesar de ter sido um caso considerado simples no início, foi complexo”, afirmou.
O médico diz que, ao que tudo indica, as meninas não terão sequelas. “Tudo isso será devidamente confirmado com o passar do tempo, pois tudo depende do desenvolvimento de cada uma. Mas acho que qualquer problema que elas tiverem poderá ser revertido com o passar dos anos ou com tratamentos médicos. O mais complicado já passou”, comemora.
Ajuda
As siamesas separadas precisam se alimentar com leites especiais para reforçar a imunidade. Maria Clara toma o Infatrini e Maria Eduarda o Aptamil. Sem condições financeiras para comprar os produtos, os pais pedem ajuda.
“Eu já estava desempregado antes delas nascerem e aí tive que vir para cá para que elas fizessem a cirurgias. Nesse período, estamos vivendo de doações. Por isso, mas uma vez, peço a quem puder que nos ajude”, pediu Caíque.
Além do leite, a família também aceita doações de fraldas e itens de higiene para as bebês. O material pode ser entregue na Casa do Interior de Goiás, que fica na Rua 3, nº 120, Setor Oeste, em Goiânia.
O pai, que também já trabalhou como ajudante de câmara fria, também está em busca de uma nova oportunidade de trabalho em Salvador. “A gente mora na casa do pai da Denise, mas precisamos ter um espaço adequado para as meninas. Por isso, assim que eu chegar lá, vou em busca de uma vaga, pois preciso trabalhar para sustentar minha família. Esse é o meu maior desejo”, concluiu.
Pais posaram com as gêmeas logo após alta da UTI, em Goiânia (Foto: Divulgação/ Mateus André)
Fonte Site G1.
O Espaço para comentar a matéria está logo abaixo: Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do Blog Deixa Comigo Macajuba (DCM).
Fonte Site G1.
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