O pacto foi selado na noite desta terça-feira (28). O apresentador do programa "Brasil Urgente" será cabeça de chapa da sigla e, por enquanto, o acerto é que o deputado Delegado Olim (PP) seja seu vice.
À Folha Datena não quis dar detalhes sobre a negociação. Questionado sobre o que foi preponderante para tomar a decisão, disse que "não se sentiu usado" pelo PP. "Eles fizeram uma proposta honesta, direta e reta. Eu não me senti usado. Simples assim", afirmou.
A informação de que o jornalista havia decidido concorrer foi antecipada pelo colunista do UOL Flávio Ricco. Na semana passada, reportagem da Folhamostrou que PSDB, PSB e PP pleiteavam a filiação de Datena.
Depois que as negociações com as siglas foram reveladas, Datena disse que, como candidato, não se submeteria aos truques de marqueteiros. "Não sou produto de marketing. Sou um cara estourado. Se um dia me aventurasse, seria o que sou mesmo, não mudaria em nada", afirmou em entrevista à colunista da Folha Lígia Mesquita.
A entrada de Datena na corrida eleitoral cria dificuldades para outros partidos. A cúpula do PRB, que deverá lançar o deputado Celso Russomanno, já manifestou nos bastidores preocupação com o impacto da chegada de outro nome popular da televisão à disputa pela prefeitura paulistana.
"Nós temos um mote claro, que é a segurança", disse Olim. "O momento agora é de cautela e de começar a pensar em ações para apresentar á população."
Auxiliares do prefeito Fernando Haddad (PT), que deverá concorrer à reeleição, chegaram a ironizar nas últimas semanas a possibilidade de Datena ser candidato, mas terão que refazer seus cálculos agora.
