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Mustafá e Berna |
Há historia
de Mustafá personagem do ator Antônio
Calloni e Berna, personagem da atriz Zezé Polessa vividos na novela Salve Jorge,quando
por muitos anos Berna escondeu a verdadeira realidade sobre a filha do casal,a
mentira destruiu um relacionamento muito lindo, isso não acontece apenas em
novela ser enganado para muita gente é como se fosse uma pancada, muitas
pessoas não aceita mentira de forma alguma prefere a verdade triste a uma
mentira alegre.
"Brasileiro é mais
tolerante com mentira", diz especialista.
Autor de livro sobre psicologia da mentira diz que o hábito de mentir é inerente ao ser humano e que a cultura brasileira mostra uma aceitação maior para o deslize
Todos os seres humanos têm
alma de Pinóquio, segundo o autor do livro "Não Minta Pra Mim! Psicologia
da Mentira e Linguagem Corporal”
Todo ser humano mente. Quem defende essa generalização é Paulo Sérgio de Camargo, grafólogo e especialista em linguagem não verbal que lançou recentemente o livro "Não Minta pra Mim! Psicologia da mentira e linguagem corporal". Suas ideias têm base em vários estudos sobre comportamento humano e no cotidiano, que o levaram a perceber que a mentira é algo inerente à espécie e que, no Brasil, esse deslize costuma ser mais aceito do que em outros países.
Todo ser humano mente. Quem defende essa generalização é Paulo Sérgio de Camargo, grafólogo e especialista em linguagem não verbal que lançou recentemente o livro "Não Minta pra Mim! Psicologia da mentira e linguagem corporal". Suas ideias têm base em vários estudos sobre comportamento humano e no cotidiano, que o levaram a perceber que a mentira é algo inerente à espécie e que, no Brasil, esse deslize costuma ser mais aceito do que em outros países.
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"Nós nascemos, crescemos
e morremos mentirosos. Com seis meses de vida, a criança já percebe o mecanismo
em que, quando chora, a mãe pega e ajuda. Começa aí o choro de manha",
afirma. E tal "aprendizado" se aperfeiçoa com o tempo, segundo ele.
Isso porque, apesar de sempre
ouvirem os pais dizendo que mentir é feio, os filhos recebem em sua criação
instruções contraditórias, como a de elogiar a roupa ou a comida feita por
alguém apenas por educação. Com o tempo, percebe-se que enganar o outro pode
ter vantagens, seja para evitar um castigo ao quebrar um brinquedo, seja para
não fazer outra pessoa sofrer.
Para evitar o descobrimento
da incômoda verdade, as pessoas aperfeiçoam o hábito de dizer coisas falsas com
o tempo. Mesmo assim, para a maioria, essa prática é algo difícil e nada
prazeroso. Por isso, é possível identificar sinais de nervosismo muito comuns
nessas situações.
Segundo Camargo, há mais de
30 sinais que servem de pista para identificar falas enganosas, desde os mais
simples, como gaguejar, até o mais difíceis de perceber, como o surgimento de
uma minúscula ruga na testa por um brevíssimo intervalo de tempo.
"Não existe um sinal do
corpo humano que indica a falsidade, mas há sinais que mostram ansiedade e
estresse. Por exemplo, a pessoa mente e começa a piscar mais rápido. Um dos
indícios mais interessantes é quando se diz sim com a boca e a cabeça diz
não", diz.
No Brasil
Em seu livro, o especialista
traz uma abordagem abrangente do assunto, dá exemplos e transpõe suas ideias
para a realidade brasileira, algo difícil de ser encontrado em obras sobre o
tema, já que a maioria é traduzida para o português. Essa análise do contexto
nacional levou o grafólogo a perceber que a cultura do país costuma ser mais
tolerante do que de outras nacionalidades.
"Estudei a mentira de
outros países e, vendo o nosso dia-a-dia, percebo que o brasileiro é muito
tolerante com ela e a esquece muito facilmente. Para nós, uma mentirinha não
faz mal", diz. Ele usa o exemplo do caso extraconjugal do ex-presidente
dos Estados Unidos Bill Clinton e da estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky.
Na época, o então líder do país negou seu envolvimento com ela diante de todo o
país.
Essa declaração provocou o
quase impeachment de Clinton, que foi acusado de perjúrio e de obstruir a
justiça. "Enquanto outros povos dão valor extremo para a mentira, o
brasileiro segue em frente, a memória é curta", afirma.
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Reportagem:
exclusiva de Cristiano Silva
Redação:
Cláudia Mcêdo.